Existem cuidados essenciais com a pele do bebé nos primeiros anos de vida?
Sim. Quanto mais jovem é a criança, mais "puros" devem ser os produtos a aplicar na sua pele, no sentido de conterem o menor número de ingredientes possível, terem poucos conservantes, serem hipoalergénicos e, de preferência, sem perfume.
De que forma é que os escaldões podem prejudicar o bebé e a criança a curto e longo prazo?
Os escaldões representam uma queimadura solar de grau variável consoante a intensidade da exposição solar. Podem, inclusivamente, causar bolhas – queimaduras de grau 2 – ou provocar mesmo uma insolação com risco de vida e que implica a necessidade de internamento hospitalar. As queimaduras solares induzem alterações nas células da pele que cumulativamente promovem o desenvolvimento de cancro de pele.
Quais são os cuidados essenciais a ter com o bebé na exposição solar?
É essencial proteger a pele da exposição solar recorrendo a três medidas primordiais: procurar áreas de sombra nas horas de maior intensidade radiação ultravioleta, utilizar roupa protetora (como óculos, chapéu e t-shirt) e fazer a aplicação regular e frequente de filtros solares. É preciso ainda proteger a pele em todas as situações em que os problemas cutâneos não se resolvam em 7 dias ou em que, pela sua extensão ou exuberância, é necessário controlo imediato.
Quais são os problemas de pele mais comuns na primeira infância?
Os problemas de pele mais frequentes nas crianças e bebés são a dermite atópica, a dermite seborreica e as infeções cutâneas, tudo patologias tratáveis.
O stress também pode afetar a pele do bebé?
Sim, o stress pode originar dermatoses psicossomáticas nas crianças, como por exemplo as peladas e alopécias resultantes de tricotilomania.
Qual a melhor forma de prevenir a assadura?
Mudar a fralda com frequência, usar fraldas com composição absorvente e manutenção da superfície seca e aplicar entre cada muda um creme barreira com óxido de zinco.
Em que situações é que os pais devem procurar um dermatologista?
Em todas as situações em que os problemas cutâneos não se resolvam em 7 dias ou em que, pela sua extensão ou exuberância, necessitem de controlo imediato.
As explicações são da médica dermatologista Leonor Girão
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