Satisfeito por este regresso a Portugal?

Sem dúvida que é muito bom! Estar a trabalhar de novo no Teatro Villaret, onde estive há quatro anos (com a peça “A Gorda – Fat Pig”), com sucesso e com sessões esgotadas, sabe bem. É sempre bom voltar ao nosso país.

O que podemos esperar desta peça “Um Sonho Para Dois”, que marca o seu regresso aos palcos nacionais?

Comédia, muita diversão e uma hora bem passada do Teatro Villaret. É uma peça com muito ritmo, com bom astral e uma ótima energia entre um homem e uma mulher que acordam na mesma cama de um quarto de hotel, sem se conhecerem e sem saber como foram parar ali.

A peça esteve em digressão pelo Brasil durante sete meses e foi um êxito. Esperava a mesma aceitação por parte do público português?

Sinceramente, esperava. O facto de termos andado em digressão pelo Brasil deu-nos confiança para acreditar que esta é uma peça para todo o tipo de públicos, de idades e lugares. Para além disso, o texto é muito bom, da autoria de Rafael Primot, que tem sido um dos autores mais premiados do Brasil, com um humor muito atual. Achei que era uma peça que encaixava bem no público português.

Nesta peça, estreou-se também como produtor. Como tem sido?

É uma aventura. As circunstâncias levaram-me a querer experimentar algo que eu acho que é importante na vida de um ator, para ter a noção de como é produzir uma peça. Obviamente isso dá-nos outro olhar sobre o projeto, e, como atores, apreendemos o contexto geral de uma produção. Na verdade, acho que esta foi a altura ideal para que isto acontecesse pela primeira vez. É um grande desafio, mas é algo que me está a preencher bastante e a deixar-me muito feliz.

No dia de estreia, o Teatro Villaret esteve cheio. Foi importante para si reencontrar os amigos e sentir o seu apoio?

Foi ótimo ver toda a gente reunida. Foi muito especial. Nós procurámos fazer uma estreia o mais abrangente possível, pois era importante para nós ter uma resposta do público e saber como iriam entender a peça. Não podia ter sido melhor. Divertiram-se, riram-se e recomendaram, que é sinónimo de casas bem cheias. É ótimo ter sessões em que temos de acrescentar cadeiras à sala, isso deixa-me muito satisfeito.

A sua mulher, Francisca Pinto Ribeiro, não lhe poupou elogios na noite de estreia, afirmando que “é o melhor do mundo”…

É sempre bom termos apoio por parte da família e a opinião da minha mulher é bastante importante, pois ela sabe como foi construído este projeto e o que eu passei até chegar à personagem. Portanto, os elogios da nossa família e das pessoas que nos são próximas e queridas são de extrema importância. Fico muito feliz porque ela (Francisca) tem sido uma grande companheira e, também, importantíssima para que os meus projetos tenham sucesso. Ela é parte do meu equilíbrio emocional.

Os espetáculos da peça terminam a 22 de dezembro. Isto significa que vai passar o Natal por cá?
 
Sim. E isso é ótimo porque vou passá-lo com a família e é também o primeiro Natal do Vicente (o filho do ator) em Portugal.

O seu filho comemorou o primeiro aniversário no passado dia 22 de novembro. Com foi a festa?
 
Como tive peça no dia do aniversário dele, fizemos apenas um jantar com os avós. Foi mais família do que amigos. Não deu para fazer uma grande festa, também porque ele dorme cedo e, porque ainda só tem um ano, não se apercebe bem do que está a viver.

O que se segue na sua vida profissional? Já tem novo contrato com a Globo?

Até dia 22 de dezembro estarei no Villaret com a peça “Um Sonho para Dois”. Depois, nos meses de janeiro e fevereiro, estarei aqui em Portugal a participar num filme francês. E no segundo semestre de 2013 regressarei à televisão brasileira.