A rainha Rania viajou até à Cidade do Vaticano onde se reuniu com o Papa Francisco a propósito de uma iniciativa sobre os direitos das crianças.
Após agradecer ao líder da Igreja Católica pela iniciativa, a soberana hachemita fez um pequeno discurso.
"Em teoria, o consenso é claro: todos os direitos, para todas as crianças", começou por notar. "No entanto, muitas crianças em todo o mundo são excluídas dessa promessa, especialmente em zonas de guerra. Pior ainda, as pessoas tornaram-se insensíveis à sua dor", lamentou.
"Verdadeiramente, a vida de uma criança não vale nada. Matar crianças é negar o futuro", alertou.
Rania fez questão de destacar o caso das crianças na Faixa de Gaza, referindo - com base num estudo pulicado - que "mais de metade preferia morrer". "Eles não queriam ser astronautas ou bombeiros, como outras crianças: eles queriam estar mortos. Como permitimos que a nossa Humanidade chegasse a este ponto?", questionou.
"Eles são privados de todos os seus direitos: à vida e à segurança, mas também à educação, à saúde, à privacidade e à proteção contra abusos. Estas crianças são expostas aos impulsos mais cruéis da Humanidade", sublinhou.
Por fim, argumentou: "A comunidade internacional tem que cumprir a sua promessa de todos os direitos para todas as crianças, em vez de diferenciar entre 'os nossos filhos' e 'os deles'".
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