Naquele que é o dia de relembrar quem nos ajudou a crescer, o Fama ao Minuto esteve à conversa com Júlia Pinheiro, a apresentadora que, antes de o ser, é mãe de três filhos, Rui, Carolina e Matilde Pêgo, fruto do seu casamento com Rui Pêgo.
Não sendo “uma mãe diferente das outras”, a cara das manhãs da SIC descreve-se como uma mãe que sempre tentou estar presente e atenta ao crescimento dos filhos, mesmo “com muitas noites fora” forçadas pelo trabalho.
Conheça o testemunho de uma mãe que "não procura ser amiga dos filhos", mas sim "a mãe deles".
Qual é para si o significado da maternidade?
Para algumas mulheres, é o centro de uma existência. É a absoluta transformação daquilo que são os nossos limites enquanto pessoa para passarmos a ter no centro da nossa existência um amor por outro que é absoluto, total, inquestionável. A maternidade é absurdamente maravilhosa e difícil, testa tudo em nós.
O que mudou na sua vida depois da primeira gravidez?
A ideia de que eu não sou o centro do mundo. Há outra pessoa que é o centro do meu mundo, que é o meu filho.
Como é Júlia Pinheiro enquanto mãe?
Não sou uma mãe diferente das outras. Sou uma mãe que não procura ser amiga. Não sou amiga dos meus filhos, sou a mãe deles. Uma mãe muito presente e sempre fui, mesmo com a atividade que eu tenho, com muitas noites fora, a trabalhar e tudo mais. Sempre fui uma mãe muito caseira e doméstica. Acompanhei sempre o crescimento dos meus filhos, muito próxima. Não sou muito autoritária, mas também não sou permissiva. Não sou muito impositiva, mas também tenho regras. Acho que sou uma mãe razoavelmente tolerante, mas tenho de ter barreiras para que os meus filhos se estruturem nessas barreiras. As pessoas para crescerem precisam de uma oposição inteligente que os ajude a crescer. Acho que, dentro do possível, fiz isso.
Quais foram os maiores conselhos que deu aos seus filhos?
Não percas a chave de casa. Nunca deixes o carro ficar sem gasolina. Anda sempre com os documentos. Leva um casaco que está frio… Os maiores conselhos são sempre procura a tua verdade, procura ser feliz, ter um curso superior (não fui muito bem sucedida no caso do meu filho que ainda não acabou, as outras estão a andar). Temos de ser pessoas de bem, ser bem educados, diz sempre obrigada e se faz favor… Acho que os grandes conselhos que dei foram aqueles que fizeram deles pessoas honestas, íntegras e civilizadas.
Os seus filhos costumam dar-lhe presentes no Dia da Mãe?
Em pequeninos sempre, agora nem tanto. O meu filho é muito repentista nestas coisas e, às vezes, lembra-se e dá qualquer coisa que viu, um livro, um disco ou um DVD. Agora essas coisas já não se usam tanto, mas no passado fazia-se com alguma frequência que é uma coisa que ele achava que devia partilhar comigo. Agora já não temos muito esses rituais porque eles já são adultos e nem eu faço questão disso. Eu quero que eles estejam bem. Para mim esse é o melhor presente que me podem dar.
Há algum presente que tenha sido mais original?
Os presentes que foram dados na altura em que eles andavam na escola eram todos giros. A maior parte deles inúteis, mas absolutamente encantadores porque eram feitos por eles e, como todas as mães galinhas, guardo tudo. Os desenhos, os vasinhos, as cerâmicas… Tudo o que eles fizeram eu tenho. Tenho uma coleção de quadros que eles fizeram no infantário e depois na primária em que retratam a nossa família, e tenho um particular apreço por esses. Mas não sei se foi no Dia da Mãe, já não me lembro.
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