No Brasil desde outubro passado, Maria João Bastos está em Portugal mas já tem data de regresso marcada. A atriz vai estar cá durante o mês de maio mas voltará para o Rio de Janeiro no próximo mês de junho, uma vez que “ainda tem algumas coisas pendentes lá”.

Neste regresso à terra natal, a atriz lançou a segunda linha de maquilhagem, evento onde esteve presente o Fama ao Minuto.

Aos jornalistas, Maria João Bastos falou sobre a vida dividida entre Portugal e Brasil, mencionando, inclusive, o mais recente projeto, a novela ‘Novo Mundo’, da Globo, onde dá vida a Letícia e faz par com a personagem de Ricardo Pereira, Ferdinando.

Apesar de ter sempre saudades da família e amigos, sente-se “muito bem” no Brasil, uma vez que esta não é a primeira vez que está no país. Há 18 anos, gravou a novela ‘O Clone’ e, nessa altura, criou laços de amizade que perduram.

“Tenho amigos de há 18 anos, são praticamente uma família e sinto-me em casa lá. Aqui é a minha casa e continuará sempre a ser. Mas quando estou lá sinto-me muito bem, não tenho essa nostalgia até porque estou sempre a voltar. Hoje em dia já não existem essas distâncias. Quando eu fiz ‘O Clone’, tinha hora ao domingo para ligar para a minha mãe, aí as saudades apertavam”, recordou a artista, revelando logo de seguida que “janta todos os dias com a mãe” através de vídeochamada. “Falo com a minha mãe praticamente todos os dias, às vezes até mais do que aquilo que falo aqui”, afirmou.

O seu regresso ao Brasil não está condicionado pela novela ‘Novo Mundo’, visto que as gravações desse projeto, para si, já terminaram.

“Foi ótimo. Correu muito bem e está a correr muito bem ainda, lá no Brasil. Um grande sucesso, a novela é lindíssima, um elenco incrível, foi uma experiência muito boa. Está a ser ainda”, disse.

Na ficção, a personagem da artista já morreu, tendo aparecido em sonhos. No entanto, não sabe se vai ou não continuar a 'aparecer', uma vez que numa “novela aberta tudo pode acontecer”. “Em princípio vai ficar por ai, mas nunca se sabe”, frisou.

Sobre contracenar com o amigo de longa data, Ricardo Pereira, Maria João Bastos garante que foi “ótimo”.

“Demo-nos muito bem, aliás, nós somos amigos há uns 18, 19 anos. Já tínhamos participado no mesmo projeto, mas nunca tínhamos contracenado juntos. Foi uma experiência incrível até porque fizemos um grande trabalho de pesquisa, de laboratório, passámos muitas horas e muitos dias juntos a trabalhar, a pesquisar”, contou.

Em ‘Novo Mundo’ há várias personagens que tentam falar em português de Portugal e, durante a conversa, Maria João Bastos partilhou que chegou a ajudar alguns atores brasileiros.

“A Ingrid Guimarães, o Caio Castro, o Rômulo, o Léo Jaime. Em relação à Ingrid fui muitas vezes para casa dela ler textos e ajudá-la. É muito difícil e o conselho que eu lhes dei foi este: Não vale a pena tentarem falar até pelo tempo que tinham. Acho que devem serem naturais, devem pegar em duas ou três coisas, trabalhar e depois deixarem sair a graça que as personagens têm. A Ingrid está a fazer um papel espetacular”, considerou.

Sobre gravar uma novela em Portugal ou no Brasil, a atriz não deixa de admitir que há realmente diferenças.

A nível de estrutura é muito diferente. A Globo tem uma estrutura grande, os estúdios são enormes, as cidades cenográficas são dentro do Projac, portanto, não tem exteriores reais, não temos de ir para a rua. Todas essas coisas fazem alguma diferença a nível de estrutura. Depois temos pessoas muito talentosas, mas isso também temos aqui em Portugal e é ótimo trabalhar aqui. Agora, de facto, a nível de estrutura existem [diferenças], mas também não se pode comparar a estrutura que uma produtora portuguesa tem com a estrutura que a Globo, que é uma das maiores produtoras de televisão do mundo, tem. Não é comparável nem pela capacidade financeira, nem pela experiência. E porque produz para milhões de pessoas. É uma realidade diferente, mas acho que a nível de capacidade nós não ficamos atrás e a prova disso é o sucesso das nossas novelas no nosso país e ainda bem”, rematou.