Paul McCartney contou que os restantes elementos dos Beatles não "gostavam particularmente" do facto de John Lennon levar a mulher, Yoko Ono, para o estúdio de gravação, mas decidiram não confrontar o cantor em relação a isso.
O músico, de 81 anos, refletiu sobre algumas das últimas sessões de gravação do grupo antes de se separarem, em 1970, e admitiu que a insistência de Lennon em ir a todo o lado com a mulher 'alimentou' as tensões dentro da banda, dado que não gostavam da "interferência" que causava Yoko Ono na dinâmica habitual das gravações.
No seu podcast 'Life In Lyrics', McCartney – que compunha a banda com Ringo Starr e George Harrison, além de John Lennon – falou sobre o tema.
"Estávamos a caminhar para a dissolução dos Beatles e foi um período de mudança, porque o John e a Yoko estavam juntos e isso certamente afetou a dinâmica do grupo. Coisas como a Yoko estar no meio da sessão de gravação eram algo com que nós tínhamos que lidar e a ideia era que se John quisesse que isso acontecesse, então deveria acontecer. E não havia razão para que fosse de outra forma", contou.
"Qualquer coisa que nos perturbe é má. Por deferência ao John, permitimos isso e não fizemos alarido e, ao mesmo tempo, não acho que nenhum de nós gostou particularmente, foi uma interferência no local de trabalho, tínhamos uma maneira de trabalhar. Nós os quatro trabalhávamos com o George Martin e um engenheiro, basicamente era isso, e sempre fizemos assim", acrescentou ainda, mostrando que apesar de não gostarem da presença de Yoko Ono, não tomaram uma posição para mudarem a situação.
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