Michael Curry, o primeiro líder afro-americano da Igreja Episcopal americana, começou o seu sermão diante do príncipe Harry e de Meghan Markle citando Martin Luther King.

"Temos que descobrir o poder do amor, o poder redentor do amor. E, quando fizermos isto, seremos capazes de criar um novo mundo deste velho mundo. O amor é o único caminho", disse, citando o símbolo dos direitos civis.

Com uma retórica empolgante, o pastor de 65 anos de Chicago afirmou: "Existe poder no amor. Não o subestimem. Nem sequer se sintam excessivamente sentimentais. Existe poder, poder no amor".

"Falo sobre algo que tem poder. Poder real. Poder para mudar o mundo", disse Curry, que lidera o segmento americano da Igreja Anglicana e é reconhecido como um pregador animado na tradição americana.

Curry também fez referência à escravidão, mencionando o poder curativo da música espiritual cantada por escravos.

Os antepassados de Doria Ragland, a mãe da noiva, Meghan Markle, foram escravos. De fato, o seu apelido provém de um antigo proprietário de escravos.

Fora da Capela de São Jorge, à medida que o sermão avançava, uma multidão de fãs da realeza reagiu, na sua maioria, com perplexidade diante das imagens dos convidados visivelmente incomodados.

Contudo, as reações no Twitter foram muito mais positivas.

"Não consigo acreditar que existe um pastor que está a falar sobre escravos espirituais num verdadeiro casamento real. Olá, século XXI", escreveu o @kateyrich.

Outro utilizador do Twitter @NappyRaccy escreveu: "Nunca pensei que ouviria alguém citar Martin Luther King nm casamento real".

O apresentador de TV Piers Morgan publicou uma foto de Curry com as palavras: "O meu novo herói!"

O sermão de Curry também incluiu momentos mais leves.

"Dois jovens apaixonam-se e todos adoramos", disse à multidão, provocando uma gargalhada.

Ao final, assinalou: "Temos que casá-los!"