Maria Emília Correia foi a protagonista do programa 'Alta Definição' deste sábado, 2 de abril. Numa conversa com Daniel Oliveira, a atriz lembrou o pai, que sofria de uma doença grave, o qual viu morrer quando tinha apenas seis anos de idade.

"Tive uma infância até aos seis anos, porque aos seis anos o meu pai faleceu e aí as coisas mudaram muito na minha vida", começa por descrever.

"O meu pai teve aos vinte e poucos anos a doença de Buerger, que era uma doença muitíssimo grave, o sangue não passava, os dedos mudavam de cor e teve de amputar. Primeiro um pé, depois os dois pés, depois as pernas e depois os braços. Ele nunca teve a possibilidade de me agarrar porque quando eu nasci ele já não tinha pernas nem braços… Mas isto não era uma tragédia, podia não ter pernas nem braços, mas tinha asas e voava muito, era um artista", relata.

Emília garante que a sua família era "unida" e que foi o pai que a inscreveu num grupo de coral e teatro, porque era “tímida”.

Questionada como viveu a morte do progenitor, esta referiu: "É um luto, mas um luto muito especial, porque é se muito criança, é feito com muitos palácios e fadas na cabeça. Não me apercebi da gravidade do que me estava a acontecer".

"Vi o meu pai falecer, retiraram-me imediatamente de lá, fui para casa de uns parentes afastados e lembro-me de voltar com uma bata branca com bolinhas pretas com que andei sempre na escola, onde me chamavam de órfã, isso sim foi complicado", diz, por fim.

Veja o momento.

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