O momento histórico e repleto de emoção foi planeado meticulosamente durante anos e os seus detalhes foram revistos com frequência no âmbito do plano "London Bridge" (Ponte de Londres), o protocolo oficial desenhado para o dia da morte da monarca. O protocolo, no entanto, encerra com o falecimento da rainha na quinta-feira, dando início à operação 'Unicórnio'.
Apenas o novo rei Carlos III poderá decidir sobre determinados aspetos, mas é possível fazer um resumo das próximas etapas com base nas opiniões de especialistas britânicos consultados pela AFP.
Sexta-feira, 9 de setembro
O rei Carlos III e a sua esposa Camila devem regressar a Londres depois de passar a noite em Balmoral, a residência escocesa onde Isabel II faleceu na quinta-feira.
O novo monarca deve ter a sua primeira audiência com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que foi designada na terça-feira pela falecida rainha para formar governo.
O soberano deve finalizar os últimos detalhes dos funerais, a duração do luto para a família real - que durará até sete dias após o funeral - e o governo confirmará quantos dias vai durar o luto nacional, provavelmente entre 12 ou 13. O dia do enterro, que ainda não foi definido, será feriado.
As bandeiras britânicas ficarão a meia-haste, os sinos das igrejas tocarão em Londres ao meio-dia e 96 salvas de canhão serão disparadas em memória da soberana, uma para cada ano de vida.
A primeira-ministra e os membros do seu governo devem comparecer a uma cerimónia religiosa "improvisada" na catedral londrina de São Paulo.
Sábado, 10 de setembro
Um conselho de autoridades reunir-se-á durante a manhã no Palácio de St. James de Londres e proclamará Carlos III como novo rei.
A proclamação é feita pela principal figura da nobilíssima Ordem da Jarreteira e por alguns arautos em carruagens que devem ler o texto em Trafalgar Square e na sede da Bolsa Royal Exchange.
O Parlamento promete lealdade e expressa condolências.
O novo rei recebe durante a tarde a primeira-ministra e os principais ministros.
Domingo, 11 de setembro
O caixão da rainha é levado até ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia.
As administrações descentralizadas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte proclamam o novo rei.
Segunda-feira, 12 de setembro
O caixão deve ser levado em procissão para a catedral de Saint Giles, com uma cerimónia religiosa na presença de membros da família real.
Sessão de condolências no Palácio de Westminster com a presença do novo rei.
Durante a tarde, Carlos deixa Londres e visita Escócia, Gales e Irlanda do Norte.
Terça-feira, 13 de setembro
O caixão com o corpo da rainha chega de avião a Londres e segue para o Palácio de Buckingham.
Quarta-feira, 14 de setembro
Procissão pelo centro de Londres para transportar o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster. O corpo da monarca permanecerá no local por quatro ou cinco dias em Westminster Hall.
Os britânicos poderão visitar o local e apresentar condolências durante 23 horas por dia. Milhares de pessoas devem passar pelo local.
Segunda-feira, 19 de setembro
Possível funeral de Estado na Abadia de Westminster com autoridades de todo o mundo.
A família real deve caminhar atrás do caixão.
O país faz dois minutos de silêncio.
Após a cerimónia, a rainha será enterrada num evento particular na Capela de St. George do Castelo de Windsor, a 37 quilómetros da abadia, ao lado do marido, o príncipe Filipe.
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