
No Maka. O nome pode não lhe ser familiar, mas se dissermos que o projeto foi responsável pela produção da música 'Faz Gostoso' de Blaya, que depois foi reproduzida por Madonna, então percebe-se que sucesso não tem faltado a estes artistas.
O projeto, fundado pela dupla de produtores Emanuel Oliveira e Duarte Carvalho em 2013, pretende estender-se além fronteiras no universo da música eletrónica.
O Notícias ao Minuto esteve à conversa com os artistas.
Como é que surgiu a oportunidade de criarem um single com o Pedro Gonçalves?
Em 2017 o Pedro tinha acabado de participar no 'The Voice' e nós, que estávamos à procura de uma voz para uma música que tínhamos terminado, ficámos completamente [rendidos] ao seu talento. Foi aí que fomos falar com ele, salvo erro no Instagram, e rapidamente o Pedro aceitou o nosso desafio. Curiosamente essa música foi lançada exatamente cinco anos antes do 'Volta'.
'Volta' fala sobre o quê? Qual a principal mensagem?
O 'Volta' fala sobre algo que achamos que qualquer um de nós se poderá identificar, fala de uma relação que termina mas em que uma das pessoas fica de alguma forma presa à outra, e o Pedro explica isto de uma forma bonita, simples e pura, através de uma analogia com dança, em que, a pessoa que está presa, está 'cansada de tentar dançar sem' a outra pessoa.
Como é que nasceram os No Maka?
No Maka surge em 2013 numa altura em que geríamos uma editora de música eletrónica. Nessa editora lançávamos com frequência remixes de temas que editávamos. Como sempre, fomos produtores bastante versáteis, alguns desses temores foram produzidos por nós próprios, não queríamos ser identificados, mas precisávamos de um nome para assinar esses mesmos remixes. Surge assim o nome 'No Maka' que significa 'sem problemas' em kimbundu.
Os remixes começaram a funcionar tão bem que produtores de eventos e discotecas ligavam para a editora a dizer que queriam contratar o 'No Maka'. Foi aí que decidimos que o projeto poderia ser promissor.
Em que consiste este projeto?
Somos um projeto artístico e também um projeto de produção musical em que tanto trabalhamos o nosso projeto, mas também trabalhamos o de outros artistas.
Como é que definiriam o vosso estilo musical?
No Maka é um projeto de fusão musical de estilos que vão desde o afro e latino, até ao pop. Música global será provavelmente a melhor definição.
Esperavam que 'Faz Gostoso' de Blaya conseguisse tanto reconhecimento internacional?
Nunca, nem mesmo nos nossos melhores sonhos iríamos imaginar que uma música feita por nós chegaria aos ouvidos da Madonna, muito menos que ela cantaria essa música, convidaria a Anitta para participar, colocá-la-ia no seu álbum e esse álbum seria número 1 da Billboard. De facto, tudo é possível quando se trabalha arduamente.
Quais são os planos para o futuro? Onde pretendem chegar?
O futuro passa por inaugurar finalmente o nosso live com banda, algo que já deveria ter acontecido em 2019, num grande palco de um festival importantíssimo em Portugal, que não podemos revelar, mas infelizmente a pandemia não permitiu. O futuro passa também por continuar a desenvolver a nossa parceria na Coletivo Criativo, estúdios onde realizamos vários 'writing camps' para composição e produção de música.
Com que artistas sonham colaborar?
Adorávamos colaborar com alguns grandes nomes do fado, Carminho, Ana Moura, por exemplo. Gostávamos de fazer uma fusão de Portugal com outros continentes porque esse é o nosso ADN. A nível internacional gostávamos de colaborar com WizKid, Stromae.
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