Philip Mountbatten, Filipe da Grécia e da Dinamarca, o quinto filho e o único rapaz da princesa Alice de Battenberg e do príncipe André da Grécia e da Dinamarca, filho do rei Jorge I da Grécia, nasceu em Córcira, também conhecida como Corfu, na Grécia, a 10 de junho de 1921. Nunca aprendeu, no entanto, a falar grego porque, quando tinha apenas 18 meses, a família teve de fugir para França, onde cresceu. Em 1928, foi enviado para o Reino Unido, onde viria a morrer 93 anos depois, a 9 de abril de 2021.
1. Era afilhado a avó paterna
Os pais de Filipe da Grécia e da Dinamarca escolheram como madrinha do quinto filho Olga Constantinovna da Rússia, que mais tarde viria a ser a rainha Olga da Grécia, membro da dinastia Romanov. O padrinho foi Alexander S. Kokotos, um dos principais dirigentes locais de Córcira, elegido para representar simbolicamente toda a comunidade da ilha grega.
2. Fugiu num berço feito com caixas de fruta
Pouco depois do nascimento do neto, Luís de Batemberga, então conhecido como Luís Mountbatten, o primeiro marquês de Milford Haven, morreu em Londres. Filipe da Grécia e da Dinamarca, ainda bebé, foi com a mãe ao funeral do avó. O pai, militar, ficou na Grécia, que estava em guerra com os revolucionários do Movimento Nacional Turco, na origem da função da República da Turquia.
André da Grécia e da Dinamarca foi preso pelo novo governo militar que forçou o tio, o rei Constantino I, a abdicar. Expulso do país, embarcou no navio HMS Calypso com a mulher e os filhos em direção a França. O futuro duque de Edimburgo, então com apenas 18 meses, foi transportado num berço de madeira fabricado com caixas de fruta. Em Saint-Cloud, viveu numa casa emprestada por uma tia.
3. Teve pouco contacto com a mãe
Nos arredores de Paris, frequentou uma escola americana. Em 1928, foi estudar para Londres. Viveu com a avó materna, a princesa Vitória de Hesse e Reno, no palácio de Kensington e com o tio, Jorge Mountbatten, segundo marquês de Milford Haven, numa mansão, em Bray. A mãe é entretanto internada num sanatório. Sofria de esquizofrenia. Ele muda-se com o pai para um pequeno apartamento em Monte Carlo, no Mónaco. Em 1933, com 12 anos, vai estudar para a Alemanha.
4. Foi um dos tenentes mais novos da marinha britânica
Após deixar o estabelecimento de ensino que frequentava na Escócia, entrou na Marinha Real Britânica em 1939. No ano seguinte, no Britannia Royal Naval College, mais conhecido como Dartmouth, foi considerado o melhor cadete da turma. Durante a II Guerra Mundial, combateu no navio HMS Ramillies, voltando a demonstrar qualidades. Com apenas 21 anos, é promovido a tenente, tornando-se assim num dos tenentes mais novos da marinha britânica.
5. Tirou o brevete de aviação
Apesar de ter dado nas vistas nos barcos, também aprendeu a pilotar aviões. Em 1953, fez formação na Royal Air Force, mas não se ficou por aí. Em 1956, aprendeu a manobrar helicópteros e, três anos depois, em 1959, tirou um curso de aviação civil. A última vez que conduziu uma aeronave, em 1997, com 76 anos, registava mais de 5.500 horas de voo em 59 tipos de meios de transportes aéreos.
6. Adotou o apelido da mãe
Apesar de ter tido pouco contacto com a mãe, adotou o apelido da progenitora. Se tivesse preferido o do pai, em vez de Philip Mountbatten seria Philip Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg. Na condição de filho do príncipe André da Grécia e da Dinamarca, chegou, mais tarde, a figurar formalmente na linha de sucessão aos tronos dos dois países. Teve de renunciar para se poder casar com a herdeira da coroa britânica.
7. Conheceu a futura mulher quando Isabel II tinha apenas 13 anos
Durante uma visita da família real britânica ao Britannia Royal Naval College em 1939, a então raínha Isabel Bowes-Lyon, mulher de Jorge VI do Reino Unido, pai da raínha Isabel II, pediu a Filipe da Grécia e da Dinamarca que fizesse companhia às filhas, uma vez que ainda eram primos. Apesar de se terem conhecido num casamento em 1934, este é considerado o primeiro encontro oficial do futuro casal. Pouco depois, começaram a corresponder-se com o aval do monarca, apaixonaram-se e casaram-se.
8. Nenhuma das quatro irmãs foi ao seu casamento
Apesar de Jorge VI do Reino Unido ter autorizado Isabel II a casar com Philip Mountbatten no verão de 1946, pediu-lhes para manterem o noivado em segredo até abril de 1947, mês em que a raínha faria 21 anos. Só seria, no entanto, oficializado a 9 de julho. O casamento seria marcado para 20 de novembro de 1947. Nenhuma das quatro irmãs do futuro duque foi convidada para a cerimónia por estarem casadas com nobres alemães, uma vez que na altura existia uma contenda entre os dois países.
9. Foi o primeiro membro da família real a ser entrevistado na televisão
No dia 29 de maio de 1961, o quarto duque de Edimburgo foi um dos convidados do prestigiado programa informativo "Panorama", transmitido pela BBC. Transformou-se, assim, no primeiro membro da família real a ser entrevistado na televisão. Em 1957, a bordo do iate Britannia foi também o primeiro representante da realiza britânica a navegar nas águas da Antártida.
10. Era idolatrado por uma seita
Os habitantes de Yaohnanen, uma aldeia de Vanuatu, arquipélago banhado pelas águas do oceano Pacífico, na Ásia, idolatram a figura divina do filho de um espírito da montanha que corre o mundo em busca de uma mulher para casar. No século passado, a crença deu origem ao Movimento Príncipe Filipe. Os dirigentes da seita convenceram-se que o duque de Edimburgo seria essa divindade e chegaram a defender a presença da sua imagem em altares. Numa das viagens a Vanuatu, aceitou encontrar-se com alguns deles.
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