A primeira autópsia ao corpo do actor australiano Heath Ledger, realizada nesta quarta-feira, não conseguiu determinar a causa da morte. Segundo o Instituto de Medicina Legal de Nova Iorque, novos exames mais específicos serão feitos e o resultado deve ser obtido entre 10 e 14 dias.

A estrela do filme "Brokeback Mountain" foi encontrada morta na terça-feira, no seu apartamento em Soho, Nova Iorque. A polícia confirmou que encontrou no quarto do actor comprimidos para dormir, o que levantou a hipótese de suicídio.

A família de Heath tornou público um comunicado, no qual afirma estar chocada com "a morte trágica e acidental do nosso filho querido", descartando a possibilidade de morte tencional. O pai do actor, Kim, a mãe, Sally, e a irmã, Kate, pediram aos meios de comunicação para respeitarem o sofrimento da família nos próximos tempos.

Os pais da actriz Michelle Williams, com quem o actor foi casado por três anos, declararam que estão profundamente tristes com a notícia, especialmente pela neta, Matilda, de dois anos, a quem ele demonstrava "um carinho e uma paixão inexplicáveis".

A morte de Heath teve repercussão mundial e foram muitas as personalidades a comentaram o facto. Mel Gibson diz ter recebido com comoção a notícia da morte. "Eu tinha tantas esperanças com ele. Ele estava a começar uma carreira fabulosa. É uma perda trágica", disse Gisbon. Nicole Kidman considerou a morte "uma tragédia terrível" e diz ter o seu coração com a família do actor. Até o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, pronunciou-se. "É horrível perder um de nossos melhores atores, na flor da vida".

Heath Ledger acabou recentemente a sua participação no próximo filme do Batman. A produção informou que o filme não será alterado e que as cenas em que o actor faz de vilão vão se manter.  A Warner Bros., produtora do filme, disse que "lamenta a perda irreparável do jovem ator", mas não confirmou se vai inserir uma dedicação à memória do actor no trabalho.