O escritor português e Prémio Nobel da Literatura morreu hoje, na sua casa em Lanzarote, aos 87 anos. José Saramago encontrava-se doente mas em estado «estacionário», porém a situação "agravou-se", como explicou o seu editor, Zeferino Coelho.
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. Ainda não tinha três anos quando os seus pais emigraram para Lisboa, onde fez os estudos secundários. Sem dinheiro para continuar a estudar, Saramago viu-se obrigado a trabalhar: foi serralheiro mecânico, desenhador, desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor e jornalista.
Publicou o seu primeiro romance, "Terra do Pecado", em 1947, tendo estado parado, sem publicar nada até 1966.
Desde 1976, Saramago estava inteiramente dedicado à escrita e entre os seus livros encontramos: "Levantado do Chão" (1980); "Memorial do Convento"; "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984); "A Jangada de Pedra" (1986); "Ensaio sobre a Cegueira" (1995), "Todos os Nomes" (1997); "O Homem Duplicado" (2002); e "Caim", o seu último livro.
Em 1991, José Saramago publica "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", livro censurado pelo Governo, que levou o escritor a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde viveu até hoje.
Entre 1972 e 1973 fez ainda parte da redacção do Jornal Diário de Lisboa onde foi comentador político. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores e no ano de 1975 foi director-adjunto do Diário de Notícias.
José Saramago, casado com Pilar del Río há mais de 20 anos, foi o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1998.
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