Na manhã desta quarta-feira, dia 3, um momento do programa 'Alô Portugal' deixou alguns seguidores da página de Instagram da SIC Internacional visivelmente indignados.

Na plataforma foi partilhada uma fotografia de José Figueiras e Ana Marques acompanhados por um barbeiro.

Tendo em conta que esta é uma das profissões que está a ser seriamente afetadas pelas medidas do confinamento, houve quem considerasse este momento insensível.

Não ficando indiferente às críticas, Miguel Costa, ator que colabora com o programa, decidiu dar o seu parecer acerca do assunto.

"Antes de mais acho que é importante contextualizar tudo. No dia anterior ao novo confinamento, fomos a um barbeiro, falamos sobre ser um dos negócios e das atividades mais prejudicadas", explica, notando que ele próprio foi em reportagem.

"Sei o que é ficar sem trabalho e ganha pão de um segundo para o outro. Todos sabemos, na equipa do Alô Portugal e na SIC. Nunca na vida nos passaria pela cabeça faltar ao respeito a qualquer pessoa ou atividade. Muito menos agora", evidencia.

"Nunca foi no sentido de gozo e muito menos de falta de respeito. Antes pelo contrário. É ver o dia a dia do Alô Portugal, e verificar isso. Há um pressuposto sempre presente no nosso trabalho: ética, respeito, dignidade, e entrega total", completa.

Leia o texto completo de seguida:

"Boa tarde. Antes de mais acho que é importante contextualizar tudo. No dia anterior ao novo confinamento, fomos a um barbeiro, falamos sobre ser um dos negócios e das atividades mais prejudicadas, aqui, na @sicoficial no Alô Portugal. Fui eu em reportagem, e as dificuldades foram reforçadas em estúdio. Como ator que sou (agora também repórter) sei o que é ficar sem trabalho e ganha pão de um segundo para o outro.

Todos sabemos, na equipa do Alô Portugal e na Sic. Nunca na vida nos passaria pela cabeça faltar ao respeito a qualquer pessoa ou atividade. Muito menos agora. Se agora é verdade que tenho a sorte de ter trabalho, no primeiro confinamento não tinha. Por isso compreendo as dificuldades e a nossa compreensão, respeito e solidariedade são totais.

O contexto do programa de hoje começou com um problema que eu tive ao tentar cortar por mim o cabelo em casa. E correu mal. Ao termos um barbeiro profissional em estúdio, foi no sentido de até dar dicas para que todos possamos fazer em casa nesta fase, sem qualquer desrespeito para com os profissionais do ramo. Só isso. Como dicas de culinária. Ou de nutrição, ou de saúde, ou a presença de artistas sem poderem trabalhar. Temos tido uma postura solidária e ativa na defesa da dignidade humana, no Alô Portugal. Os alertas e as ações nessa defesa têm sido várias. E tentamos entreter ao máximo, com mensagens positivas, as pessoas que se vêem confinadas, para que o tempo custe menos a passar. Nunca foi no sentido de gozo e muito menos de falta de respeito. Antes pelo contrário. É ver o dia a dia do Alô Portugal, e verificar isso.

Há um pressuposto sempre presente no nosso trabalho: ética, respeito, dignidade, e entrega total. Tentamos muitas vezes provocar boa disposição, mesmo numa fase tão complicada como esta. A solidariedade é total, para com todas e todos que por algum motivo vejam a sua dignidade posta em causa. Não duvidem disso. Tentaremos sempre fazer melhor. E daremos sempre o nosso melhor".

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