Marina Ruy Barbosa não faltou ao Festival de Cinema de Cannes e foi muito criticada por ter marcado presença no evento. Comentários que levaram a atriz a reagir publicamente, esta sexta-feira,

"O incêndio à Cinemateca é uma agressão à cultura do nosso país. Estamos a ver a nossa história a ser queimada há tempos, a nossa cultura a ser completamente abandonada. Isso é inquestionável. E é sobre isso que devemos falar. E cobrar do governo, que é quem realmente pode fazer alguma coisa", começou por dizer.

"A cobrança em relação à minha ida e participação no festival de Cannes, não deveria ser pauta e nem motivo de preocupação. Tenho muito orgulho de ser atriz, de trabalhar com o que eu amo desde os nove anos de idade, buscando o meu espaço. O facto de ter ido para o festival, contratada por uma marca para trabalhar, e estar ao lado de mulheres incríveis como Sharon Stone e Melanie Thierry, não deveria causar tamanha indignação de alguns", acrescentou de seguida.

"Devemos respeitar todos os profissionais e todos os trabalhos, independentemente da nossa opinião. Não podemos achar-nos no direito de desqualificar os nossos colegas. Somos todos muito rápidos para cobrar. Mas lembremos: na rapidez que cobramos seremos cobrados também", continuou.

Na mesma nota, Marina Ruy Barbosa destaca que "existe muita vida fora das redes sociais" e que as mesmas "são apenas um recorte de uma pequena parte da vida".

"Enquanto estiver viva e houver oportunidade, seguirei trabalhando com muita dedicação, como sempre fiz desde criança. Acabamos de enaltecer a sábia decisão tomada por Simone Biles, por exemplo, que abriu mão de competir nas olimpíadas para priorizar a sua saúde mental. [...] Vamos começar a pensar no quanto estamos a colaborar e a ser responsáveis por esse tipo de pressão nas pessoas? Vamos olhar para como estamos a utilizar de forma equivocada as nossas cobranças? Devemos acreditar em nós mesmos - e isso vale especialmente para as mulheres -, levantar sempre a cabeça, fazer o que está ao nosso alcance e não deixar nunca ninguém nos desmerecer ou subjugar", rematou.

Veja a mensagem na íntegra nas imagens da galeria.

Um comunicado que chega depois de um desabafo de Samantha Schmütz. "A nossa cultura a ser queimada viva… Que tristeza, pavor, revolta e quase na desesperança. E onde estão as beldades que foram pra Cannes desfilar vestidos e joias?? Não vão defender o cinema? Pseudos artistas que usurpam a arte para fazerem coisas periféricas e no fundo não estão nem aí para o cinema nacional!!! Ao invés de Cannes ano que vem deveriam ir em Cana", disse.

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