A digressão "Madame X tour" já é a mais acidentada de sempre do currículo de Madonna. Desde o início da tournée, no dia 17 setembro, a cantora norte-americana já teve de cancelar ou reprogramar seis datas por razões de saúde ou por questões de logística. O espetáculo do passado dia 22, domingo, em Miami, foi cancelado em cima da hora. "No sábado, quando subia as escadas, estava em lágrimas por causa das dores indescritíveis dos últimos dias", lamentou.

"Antes de cada canção, fui rezando para ter forças para terminar o show. As minhas preces foram ouvidas e eu consegui", justificou a intérprete de êxitos como "Vogue" e "American life", atualmente com 61 anos. O pior foi no dia seguinte. As dores pioraram e os médicos que a acompanham foram taxativos. "Eu considero-me uma guerreira. Nunca desisto. Mas, desta vez, tenho de ouvir o meu corpo e aceitar que as minhas dores são um aviso", assume a artista.

"Passei os últimos dois dias a ser observada. [Fiz] ecografias, ultrassons, raios-X. Fui palpada e examinada. Chorei de dor. Eles foram muito claros comigo. Se eu quiser continuar a minha digressão, tenho de descansar o mais possível, caso contrário corro o risco de infligir mais e irreversíveis danos ao meu corpo. Nunca deixei que nenhum ferimento me impedisse de atuar mas desta vez tenho que aceitar que não tenho que ter vergonha por ser humana", admite.

"Tenho de carregar no botão de pausa. Muito obrigado pela vossa compreensão e pelo vosso apoio", agradeceu a intérprete de "God control", "Express yourself" e "Human nature", três dos singles de sucesso que integram o alinhamento da digressão de promoção do disco que Madonna gravou no período em que viveu em Portugal. O regresso aos palcos depois da pausa forçada está agendado para o próximo dia 12 de janeiro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.