Madonna ignora Michael Jackson em "Madame X". Em "Funana", uma das canções que escreveu que integra a versão deluxe do novo disco, onde elogia cantores que já partiram, a artista norte-americana omitiu o seu nome. "Precisamos do Elvis [Presley] e do Bob Marley. Precisamos da Whitney [Houston], precisamos do James Brown", canta a intérprete a dada altura. Mais à frente, relembra Aretha Franklin e George Michael.
"Precisamos do [David] Bowie, precisamos do 2Pac e do Avicii e do Mac Miller, [de] Freddie Mercury [e de] Prince Rogers Nelson". Michael Jackson, de quem foi amiga, morto há precisamente 10 anos, nunca é referido na canção. Um pormenor que não escapou aos fãs mais atentos, até porque foram amigos, ele convidou-a para um dueto e fizeram furor quando chegaram juntos à cerimónia de entrega dos Óscares, em 1991.
Apesar de ainda não ter comentado publicamente a omissão, numa entrevista recente ao jornal The Independent, Madonna, que ainda não viu o documentário "Leaving Neverland", que acusa o malogrado cantor de pedofilia, falou do intérprete de "Bad" e "Thriller". "Eu não tenho uma mentalidade que lincha de imediato as pessoas. Por isso, na minha mente, as pessoas são inocentes até prova em contrário", justifica a cantora.
"Eu fui acusada de milhares de coisas que não são verdade. A minha questão é se [neste caso] o conseguem provar", refere a artista. "Parece-me que [no documentário, protagonizado por Wade Robson e James Safechuck, que acusam o cantor] relatam coisas que aconteceram mas a verdade é que as pessoas, por vezes, mentem", prossegue Madonna. A intérprete de sucessos como "Jump" e "Music" também questiona o timing.
"Qual é o interesse? O que é que [ess]as pessoas pretendem com isto? Andam a pedir dinheiro ou há alguma situação de extorsão em cima da mesa?", interroga. "Eu tomaria todas essas coisas em consideração", sublinha ainda a artista, que se prepara para lançar nos próximos dias o vídeo do novo single, "God control", a canção do novo álbum que exige uma maior consciencialização para a posse indiscriminada de armas nos EUA.
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