Casas de luxo em Nova Iorque, Mónaco e Módena, milhões em direitos de autor, contas bancárias e históricos trajes de cena, eis os principais bens deixados a seus herdeiros pelo tenor italiano Luciano Pavarotti, falecido em 6 de Setembro do ano passado.

Num relatório de 100 páginas, o notário Giorgio Cariani reconstruiu todo o património de Pavarotti, que será dividido entre a sua segunda mulher, Nicoletta Mantovani, e filha Alice, de cinco anos, bem como pelas outras três raparigas, fruto do seu primeiro matrimónio com Adua Veroni.

Os advogados das partes já estão a trabalhar nas partilhas do vasto património. Nele figuram numerosos imóveis, como a quinta de Módena de 20 mil metros quadrados de terreno agrícola, uma casa em Nova Iorque e um apartamento no Mónaco recheado de obras de arte. Diversos trajes de cena de valor não quantificável e uma dezena de contas bancárias no valor de 1 milhão e 700 mil euros também fazem parte do rol.

O relatório do notário contempla, ainda, todos os "bens imateriais", ou seja, os direitos de autor para gravação e reprodução da voz do tenor, de valor incalculável.

Dívidas bancárias também há. Totalizam 11 milhões de euros, mas o saldo final é altamente positivo. Há muito para repartir entre os herdeiros, e a batalha legal pode agora começar.