O escritor António Lobo Antunes, Prémio Camões 2007, disse ontem que o romance "A Vida Num Sopro", o último livro de José Rodrigues dos Santos, "é uma grande m...".
Citado pela agência Lusa, Lobo Antunes confessou durante um debate em Oeiras que fica "assombrado com pessoas que escrevem livros em dois meses", num país "onde todos são escritores". Referiu que ele é "lento", até porque não gosta de livros "fáceis (...), como as mulheres fáceis que nos piscam o olho".
Durante o colóquio, moderado pelo jornalista da TSF Carlos Vaz Marques, o autor de "Fado Alexandrino", sublinhou que lhe interessa falar das coisas "para as quais não existem palavras", porque a Literatura "é uma forma de pôr cá para fora as emoções".
Definindo-se como "um solitário", António Lobo Antunes revelou que trabalha actualmente 12 a 13 horas por dia numa garagem, por cima de um bar de alterne, na Rua Conde Redondo, em Lisboa, sem telemóvel e sem computador "e com o dinheiro nos bolsos como os ciganos".
Lobo Antunes lançou no início deste mês um novo romance ("O Arquipélago da Insónia").
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