Nasceu em Manchester, veio para Portugal com 10 anos e vive na Ericeira, nos arredores da capital portuguesa.
No presente, aos 18 anos, é a campeã nacional de surf sub-18 feminino em Inglaterra, integra a Seleção Nacional de Surf Júnior (sub-18 feminino) e ambiciona ainda entrar em biologia marinha ou fazer uma pausa nos estudos para se dedicar ao surf.
A sua praia preferida é a de Ribeira d'Ilhas, perto do local onde reside. Os seus surfistas favoritos são John John Florence, Sally Fitzgibbons e Carisse Moore. «O meu grande objetivo é um dia chegar ao WCT [World Championship Tour]», assume.
Como começou na onda do surf?
O meu irmão [Luís Eyre] obrigou-me. (risos) Eu estava sempre a montar a cavalo e não fazia mais nada. O meu irmão disse que eu devia experimentar fazer surf, mas eu odiava a praia e a areia. Insistiu tanto que eu resolvi entrar quando tinha 13 anos. Pus-me de pé numa prancha de bodyboard, depois fui para o surf e… foi até hoje!
Em que praia é que aconteceu esse episódio?
Foi na praia de Carcavelos que me pus de pé no bodyboard, mas comecei a fazer surf na praia das Maçãs.
Tinha aulas de surf com um professor?
Tinha aulas com o meu pai, que começou a fazer surf ao mesmo tempo que o meu irmão e, desde então, continuo com os dois.
Uma vez que neste momento está a competir por Inglaterra, como consegue coordenar o seu dia a dia?
Acordo cedo ou fico a dormir, depende dos campeonatos mas, normalmente, levanto-me por volta das 8h30, 9 horas, vou surfar e, à tarde, vou ao ginásio ou surfar outra vez.
Complementa o surf com os exercícios no ginásio?
É importante, porque torna os músculos das pernas mais fortes. Vou ao ginásio cerca de quatro vezes por semana. Por que ondas costuma surfar? Em Ribeira d'Ilhas, Coxos, Backdoor, Foz do Lizandro e praia das Maçãs.
Fale sobre os momentos altos nos seus cinco anos dedicados ao surf…
Quando fui vice-campeã no Campeonato Nacional Open de Portugal, quando tinha 16 anos. Quando fui, por duas vezes, campeã nacional esperanças [em 2012]. E quando fui campeã nacional de Inglaterra em maio deste ano [2014].
O que costuma fazer quando tem um campeonato fora de Portugal?
Costumo ir quatro ou cinco dias antes do campeonato, para me habituar à temperatura do mar e às ondas. Quando fui ao México, fui uma semana e meia antes para me habituar ao clima, por causa da humidade e da temperatura, que são muito diferentes das de cá.
Quais eram e são os seus objetivos para 2014?
Queria ser campeã nacional de Open de Inglaterra outra vez [a prova decorreu um dia depois da realização da entrevista] e quero que os [Campeonatos] Pro-Juniores Europeus me corram bem, assim como os WQS [World Qualifying Series] e a Liga Moche, mas não vou estar por cá numa das etapas, porque tenho mais campeonatos fora que, para mim, são mais importantes do que os campeonatos nacionais, pois dão-me mais experiência.
Que sonhos gostaria de ver concretizados?
O meu grande objetivo é um dia chegar ao WCT, o World Championship Tour.
Por falar no campeonato mundial, quais os seus spots preferidos fora de Portugal?
Gosto de Huntington Beach na California, de Zippers no México e de Haleiwa no Hawai… E há muitos spots pela Europa.
O apoio dos pais é incondicional nestas andanças…
O apoio dos meus pais é o mais importante para mim. Se não fossem eles, não conseguia viajar nem fazer este campeonato de surf. O meu pai é o meu treinador, mas os dois acompanham-me nas viagens. Ora ele, ora o meu irmão.
Até onde a leva o surf?
O surf é tudo!
Texto: Patrícia Serrado
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