
Judite Sousa é uma das jornalistas mais admiradas em Portugal, não só pelo seu profissionalismo, como também pela sua história de vida, principalmente, desde que o filho morreu vítima de um acidente.
Cláudio Ramos teve a oportunidade de se encontrar com a jornalista e descreveu, no seu blog, como foi que a viu.
“Judite tornou-se de repente uma espécie de bandeira sobre o sofrimento, um luto e uma luta pela sobrevivência depois da morte. Não que ela tenha escolhido ser essa bandeira, mas a sua exposição mediática praticamente levou a isso”, começa por constatar.
No mesmo texto, Cláudio afirma que a encontrou em “paz, tranquila e disposta a viver sem ter que dar muitas explicações a ninguém”.
Entretanto, tece vários elogios tendo em conta o seu estilo mais particular: “Eu gosto dela e acho graça à sua maneira corajosa de ser ‘fora da caixa’. De ser uma jornalista credível em Portugal que não se rala (nem nunca se preocupou) em ser diferente na maneira de estar, de vestir, de se apresentar em televisão e não perder a credibilidade porque não estava vestida de fato saia e casaco cinzento ou azul escuro. Judite chegou a arriscar usar umas botas de cano alto, cores garridas, adereços enormes que fazem a diferença, a tornam única e deixam no ar a certeza que tem muita noção de televisão”.
E continua: “Esta Judite com quem hoje me sentei a beber um café, tem os olhos abertos para a vida, fala pausadamente mas de forma muito clara e sublinha tudo o que diz com expressões muito próprias. Tem o ar delicado e frágil que contrasta tanto com a certeza de tudo o que afirma. Os olhos de Judite não escondem um vazio lá no fundo. Um vazio triste que ficará para sempre, mas – parece-me a mim – Judite está a aprender a viver com isso. Não há outro remédio quando se decide seguir em frente. Ela decidiu seguir, viver a sua vida”.
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