José Alberto Carvalho recorreu à sua página de Instagram para defender a filha, depois de esta ser atacada por causa do seu negócio recém criado.

Uma história que foi explicada pelo jornalista da TVI numa publicação que fez na rede social esta segunda-feira, 19 de julho.

"Quem me acompanha nas redes sociais sabe bem como sempre procurei a discrição em relação à minha família. Mas sou pai. De quatro pessoas. Especiais, porque são os meus filhos. Uma delas, a Joana, está a ser vítima de um novo tipo de coação. O terreno de batalha é a Internet", começou por escrever.

"A Joana é uma jovem mulher criativa. Tem uma energia muito peculiar que manifesta pelo sorriso largo e sempre espontâneo e um enorme sentido de justiça. É empreendedora. Decidiu, executando todo os passos, criar uma empresa e uma marca de acessórios de exterior. Objetos, design, padrões, técnicas de costura, tudo imaginado por ela. Mais do que isso: feito à mão por ela, agarrada a máquinas de costura. Assim mesmo. Costas debruçadas sobre a máquina a concretizar, linha a linha, costura a costura, o seu próprio projeto.
Desenvolveu uma micro estrutura empresarial, com faturação, stockagem, CRM, pagamentos seguros, etc. Eu não saberia fazer o que ela fez", explicou.

"Acreditando na validade das suas ideias, procurou dar a conhecer os produtos. Sempre numa lógica adequada à sua realidade: uma jovem mulher sozinha a tentar singrar. Nunca me pediu favor nenhum: não me pediu que 'arranjasse' uma entrevista na televisão; não me pediu que divulgasse os produtos nas minhas redes sociais. Creio conhecer bastante bem os filhos que tenho e é exatamente assim que esperava que ela se comportasse", acrescentou.

"Preparou a sua própria estratégia de marketing, o calendário do lançamento da marca, os produtos a comercializar primeiro. Tenho ficado, várias vezes, especialmente orgulhoso da sua determinação e capacidades. Tudo a correr bem, portanto. Sem deslumbramento algum; lentamente; mas bem. Até que entra em cena uma outra empresa e os familiares de quem a gere", disse, falando de seguida da recente polémica.

"Essa empresa reclama ter registado a patente de um 'objeto de tecido piramidal' no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Não é este o local adequado para discutir 'patentes', sejam elas de almofadas ou das pirâmides do Egito, mas parece-me muito estanho que alguém possa apropriar-se de um sólido ou uma figura geométrica. Como se alguém registasse 'um telemóvel retangular' obrigando a que, a partir daí, os telemóveis concorrentes tivessem de ser esféricos", contou.

"Pode ser que alguém tenha aceite, indevidamente, registar algo que não pertence a ninguém, como os retângulos dos telemóveis ou as pirâmides de Gizé. Mas, lá está, isso será debatido no forum adequado: os tribunais e as entidades administrativas que tutelam os registos", continuou.

"Delicadamente, a Joana procurou responder a todas as diligências sem alimentar controvérsias e neste momento o processo está a ser tratado por advogados. É assim que deve ser, naturalmente. O que é inaceitável é que os proprietários e os seus familiares tenham decidido perseguir e atacar com comentários nas redes sociais, todas as iniciativas em que a Banana Split obteve visibilidade para os seus produtos. E é só isso que está aqui em causa", realçou.

"Há valores que não aceito que sejam ignorados. Sobretudo e desde logo porque está em causa a minha filha. E, tenham eles (os filhos) a idade que tiverem, eu serei sempre pai deles. E sentirei sempre essa responsabilidade", concluiu.

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