"Depois de vários carrosséis de estado de alma desde que o vírus entrou nas nossas vidas. E, sendo eu uma ansiosa, acho que tenho aguentado bastante positiva. Hoje quebrei", é desta forma que Ana Marques dá início a um testemunho emotivo onde se revela triste com a falta de responsabilidade dos cidadãos e com medidas que considera insuficientes para travar a pandemia por parte do governo.

"Por mim fechavam já as escolas. Se isso é álibi para muitos portugueses manterem a vida normal. Por mim os militares vinham para a rua pôr-se ao lado das polícias com missão pedagógica e dissuasora. Por mim fechavam já os tribunais. Que por cada julgamento incluem sempre o carregadão de gente numa sala. Por mim adiavam-se as eleições. Porque se nós temos que virar a nossa vida (pessoal e profissional) do avesso, a letra da constituição também pode levar um 'empurrãozinho' excecional que a democracia não morre por isso", apela.

E como se o seu estado de espírito perante a situação crítica que Portugal atravessa não fosse suficiente, a apresentadora da SIC acabou por viver uma situação lamentável quando saiu à rua.

"E com estas coisas todas que hoje em atormentaram o pensamento… Parei numa passagem de peões para dar passagem a uma senhora dos seus 60 e picos, reparei que não levava máscara. Nem no pescoço, nem pendurada na orelha, nem no cotovelo. Nada Fiz-lhe, de dentro do meu carro, um gesto que traduzia em mímica: ‘Minha senhora, falta-lhe a máscara’. Isto foi o que recebi de volta…", conta Ana Marques, revelando que a resposta da senhora se traduziu num gesto obsceno (esticando-lhe o dedo do meio).

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