Junto de várias imagens captadas no hospital, Igor Regalla relatou os episódios que viveu recentemente após ter-se lesionado no pé.

"Abençoado é quem tem sorte no caos… e eu estive, neste último mês e meio, a viver esta experiência o suficiente para poder verbalizar isto. Fui correr para a praia. Fiz uma ferida no pé que decidi ignorar", começou por contar.

"Infetou e dei por mim a precisar que me viessem buscar à cama, em casa, porque já não aguentava de dores no pé e já estava com febre… Foi quando voltei a precisar do Serviço Nacional de Saúde", revelou.

"Da primeira vez que fui ao São Francisco Xavier, antes deste episódio da cama, depois de ter saído das gravações porque já não conseguia pôr o pé no chão, mandaram-me para casa após lá ter ficado sete horas à espera, com um antibiótico. Quatro dias de antibiótico: nada de melhorias. Acordei a um sábado com febre e dores agonizantes e liguei para o 112 que acabou por me vir buscar à cama, literalmente", relatou depois.

"À chegada do São Francisco Xavier, tentaram extrair a bactéria numa pequena cirurgia… Nunca gritei tanto… Percebeu-se que o ideal seria anestesia geral e lá fui eu para o bloco de operações. Acordei as 2h da manhã com picos de dor que só acalmavam com morfina. Agora pensem… e foi quando fui internado no Egas Moniz que me comecei a sentir laivos de sorte, no meio do caos que estava a viver. Imaginem estar a fazer um trabalho de sonho e de repente o vosso pé esquerdo é razão para isto tudo", acrescentou.

"Fui vezes a mais abaixo a pensar nisto por tudo o que isto implicava… A doutora Ana Alves Rafael e a sua equipa foram uma bênção gigante. O cuidado que a doutora ainda está a ter comigo é daquelas coisas que vou guardar para a vida. Tive a sorte, de ter um super companheiro de quarto, o António (foto 6), que foi a melhor companhia que podia ter tido, dadas as circunstâncias… E muito obrigado às minhas tias, ao meu irmão Ivan que veio da Guiné e ao resto da família que não parou de me ligar até me começar a sentir melhor", disse.

"Às minhas Xinhas por estarem la para mim pela enésima vez. Ao Tomás Monteiro por todos os mimos. À Soraia Tavares pelo conjunto de 'skin care' e por ser a melhor amiga que uma pessoa pode desejar. Ao José Condessa por ter deixado o corredor histérico quando lá entrou. E pelos pastéis de Belém… e pelo coração de ouro que tens, vá", escreveu ainda.

"À minha Dalila Carmo que me surpreendeu e também me fez o dia! Numa cama de hospital passa-nos muita coisa pela cabeça. São sempre alturas sensíveis porque nem toda a gente tem esta rede de apoio. Nem toda a gente tem a sorte de estar a trabalhar, e de no trabalho as pessoas não só se estarem a adaptar a mim como me estão a ajudar nas mais pequenas coisas. Às vezes só com empurrãozinho na cadeira de rodas… com a ajuda no tabuleiro do almoço… a sorte no caos", fez ainda questão de partilhar.

"Muito obrigado também a todos os heróis que trabalham no Serviço Nacional de Saúde. São heróis sem capa que precisam de mais que palmas às 22h da noite. Obrigado, obrigado, obrigado!!! Já me estou a sentir melhor e já me voltei a calçar e tudo… Estou 80% funcional, diria. Uma palavra também a toda a equipa militar que está ao cuidado da câmara Hyperbarica no Hospital Militar! A vossa simpatia e profissionalismo são de louvar", completou.

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