João Francisco Lima deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha que foi hoje, 22 de agosto, transmitida no seu programa das tardes da TVI. O jovem lembrou a perda do pai, Pedro Lima, que morreu há dois anos, após uma luta contra a depressão.

"Há um termo técnico que define a minha situação que é o crescimento pós-traumático", explica João Francisco.

"Passa pelo crescimento que advém de uma situação traumática, mas que para existir tem de ser uma coisa consciente e racional. O que é que eu tiro daqui e como posso ajudar outros", explica.

O convidado nota que se sentiu com a “responsabilidade” de tentar ajudar pessoas à sua volta.

Por outro lado, assumiu: "Sabia que o meu pai estava deprimido. O que a maior parte das pessoas não sabe, e depois diz-se surpreendida quando estas coisas acontecem, é para o estado em que uma pessoa está num determinado momento, e para os sinais que ela dá, que não são os que estamos habituados a ver, não têm sequer noção que esses sinais podem estar a prever uma decisão como o suicídio".

"O que nós não sabemos são os sinais, ou a dimensão dos sinais, que prevêem que a pessoa possa tomar a decisão dessa magnitude", sublinha.

Por fim garante que nunca se sentiu "culpado" pela morte do pai, aspeto essencial no seu processo de luto.

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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos autodestrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:

SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 (Número gratuito)

Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (Número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535