Delphine da Bélgica esteve durante vários anos a lutar em tribunal para ser reconhecida como filha biológica do rei emérito, Alberto II, e conseguiu em 2020 que um tribunal obrigasse o emérito não só a assumi-la como filha como ainda lhe atribuiu o título de princesa - a Delphine e aos seus dois filhos - e o tratamento de Alteza Real.

Três anos depois da decisão, a princesa, fruto de uma relação extraconjugal de Alberto com a baronesa Sybille de Selys Longchamps, queixa-se de ser tratada de forma diferente dos seus irmãos mais velhos, o rei Philippe, a princesa Astrid e o príncipe Laurent.

O advogado da também artista, Marc Uyttendale, escreveu uma carta ao primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, a que a VTM Nieuws teve acesso, na qual expressava o descontentamento da princesa.

"A minha cliente está preocupada há meses com o seu papel nos eventos oficiais. Preocupa-a o facto de ser convidada apenas para alguns, como o dia 21 de julho [Dia Nacional] e para a homenagem aos membros falecidos da Família Real. Mas mesmo nesses compromissos ela sente que é tratada de forma diferente dos seus irmãos, os príncipes Laurent e Astrid".

Esta denúncia acontece quase um mês depois da comemoração do Dia do Rei, que se celebra a 15 de novembro. Os príncipes Laurent e Astrid estiveram presentes, mas a princesa Delphine, segundo sua versão, não recebeu convite. A regra determina que apenas estejam presentes os membros ativos da Família Real, ou seja, os que recebem salário. Delphine rejeitou qualquer remuneração, mas considera injusto não ser chamada para determinados atos oficiais.

A princesa terá abordado duas vezes o gabinete do irmão mais velho, o rei Philippe, para expressar as suas preocupações, segundo o jornal Het Laatsete Nieuws, mas daí encaminharam-na para o primeiro-ministro, uma vez que essa é uma decisão do governo federal.

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