Fernando Mendes cresceu no mundo do espetáculo, como recordou esta segunda-feira, 1 de junho, dia em que se assinala o Dia das Crianças.

Na página de Instagram, o apresentador da RTP partilhou uma fotografia antiga, destacando na legenda da mesma o seu percurso profissional e algumas memórias da infância.

"Estrebuchei na Damaia, cresci em Paço d'Arcos e amadureci na Parede. De qualquer maneira, o meu parque infantil foi sempre o mesmo: o Parque Mayer. Ali fui levado ao colo pelos grandes actores, beijocado no colo das coristas, protegido pelas pessoas mais importantes do teatro: o homem do ponto, o que apontava os holofotes, o que puxava as cordas", começou por escrever.

"Lembro-me do caminho, de estar sentado ao joelho do ponto a meio do palco, na caixinha à boca de cena. De ele lembrar o texto aos actores mais esquecidos enquanto tentava que eu não caísse do joelho dele lá para baixo no fosso. E de depois ficar maior em tamanho e trocar o ponto pelo outro fosso, o da orquestra, onde escolhia o assento onde estivesse o instrumento que fizesse mais barulho. E depois ao lado do palco, a segurar o copo de água que o meu pai, Vítor, vinha beber de cansado. E assim que me começo a habituar à plateia, lá tenho de ir para o palco, agora como actor", acrescentou, referindo de seguida que "faz tarda nada 40 anos da estreia".

"Mas não me esqueço dos dias em que eu era criança, dos barulhos de festa, da confusão do Ribeira Brava, de entrar em todos os quatro teatros do Parque Mayer como se fosse o mais pequenino dos VIP's. E se calhar era eu. Devo tudo ao lugar onde cresci, a quem insistiu que eu crescesse ali. A quem me fez crescer. E ao público, que se perguntava 'quem diabo é aquele puto à solta?'. Até descobrirmos, se calhar ao mesmo tempo, que esse puto sou eu. E, fora o peso, estou tal e qual como o miúdo que primeiro ali chegou. O Dia da Criança? Este dia também me pertence", rematou.

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