Fátima Lopes aceitou o convite de Rita Ferro Alvim para participar no podcast 'N'A Caravana'. Pronta a embarcar numa longa 'viagem' pela história da sua vida, a apresentadora abriu o coração e fez grandes revelações.

A antiga apresentadora da TVI recorda os tempos de enorme mudança que viveu aos oito anos, quando foi com os pais viver para Moçambique.

Fátima, que até então era "muito menina da mama", levou "um estaladão de realidade" com a mudança. A comunicadora confessa ter vivido "momentos muito complicados de integração" num país diferente daquele onde nasceu e com uma cultura igualmente nova para si.

Fátima admite ter sofrido na escola "racismo por ser branca", isto porque a sua mudança ocorreu em 1997 - depois da independência de Moçambique e quando a grande maioria dos portugueses já tinham deixado o país.

"Fui colocada de lado na escola porque eu era a única branca. As crianças não me aceitavam", recorda, explicando que a situação apenas melhorou depois de a mãe ter falado com o seu professor.

Porém, o bullying continuou e tornou-se ainda mais grave.

"Houve uma altura em que sofri bullying por parte de um grupo de garotas, também da escola, de novo por eu ser ser branca. Elas faziam-me esperas à saída da escola e a minha mãe teve de me ir buscar durante um período, porque uma vez elas apanharam-se sozinha e deram-me uma sova descomunal", afiança, dando conta de que a situação acabou por acalmar naturalmente.

Apesar dos momentos mais difíceis que viveu, Fátima Lopes não tem dúvidas de que a sua passagem por África e todas as situações pelas quais passou a ajudaram a tornar-se a pessoa desenrascada e solidária que hoje é.

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