Joana Varela, primeira mulher de Manuel Maria Carrilho, entrou hoje na “novela” protagonizada pelo antigo ministro e por Bárbara Guimarães, colocando-se ao lado da apresentadora da SIC.

Numa entrevista ao “Diário de Notícias”, Joana Varela, de 60 anos, disse que Carrilho “é uma pessoa violenta por natureza” e que a tratou “abaixo de cão” enquanto foram casados.

A ex-diretora da revista “Colóquio Letras”, mãe do filho mais velho de Carrilho, relata que em 1978, tinha ela 25 anos, passou um mau bocado às mãos do seu então marido:

“Fui espancada durante um dia inteiro e tive uma faca encostada ao pescoço. Ele tem a mania das facas, não sei bem porquê. E deu-me imensos pontapés” – acusa a ex-diretora da revista “Colóquio Letras”, mãe do filho mais velho de Carrilho.

Joana Varela conta que tal episódio significou o princípio do fim do seu casamento e que, tempos mais tarde, voltou a ser vítima da “fúria” de Manuel Maria Carrilho, quando lhe comunicou que queria divorciar-se:

“Veio de faca em riste para cima de mim e, então, eu disse-lhe que ficasse com tudo, com a casa, com o filho, comigo é que não. Não me lembro se me bateu porque foi um momento muito confuso. E saí de casa. Tinha 31 anos” – recorda a senhora.

Confrontada com uma observação de Manuel Maria Carrilho, que há dias a qualificou de “doente mental”, Joana confirma que, de facto, foi diagnosticada “bipolar”, tendo estado internada “várias vezes em diversos hospitais na sequência de uma grave depressão”, mas mantém-se firme na sua posição: “Ele é capaz de tudo. Ele é que sofre de uma perturbação muito grave, não sou eu”.

Finalmente, Joana Varela confirma que contactou o advogado de Bárbara Guimarães para testemunhar a favor da apresentadora da SIC: “Não a conheço, mas conheço o Manuel Maria e sinto que posso ser uma boa testemunha de carácter”.

Convidado pelos jornalistas do “DN” a pronunciar-se sobre este depoimento, Carrilho disse que as acusações de violência “são totalmente falsas” e que Joana Varela “é uma louca varrida, uma pessoa delirante”.