Acaba de lançar o single "Nada é para sempre" em dueto com o cantor brasileiro Vitor Kley, namorado da apresentadora e atriz portuguesa Carolina Loureiro, mas sofre com a impossibilidade de poder fazer concertos por causa da pandemia viral de COVID-19, a fonte de receitas principal da maioria dos artistas. "Tem sido um vazio gigantesco na medida em que não se sabe quando é que irá terminar este pesadelo", assume Diogo Piçarra, em entrevista à edição desta semana da revista TV Guia.
"Num ano em que poderia ter tido 50 concertos, tive apenas cinco", revela. "Não sabemos se devemos fazer planos, investir em material novo, lançar mais músicas, procurar um concerto diferente ou manter tudo como estava", desabafa o cantor e compositor algarvio de 30 anos. "No meio disto tudo, sofrem ainda mais aqueles que precisam dos eventos, os técnicos, os artesãos, os vendedores e todos aqueles que não têm um plano B", reconhece, contudo, o intérprete de "Dialeto".
A falta de apoios estatais é uma das queixas do artista. "Sempre vivemos e sobrevivemos às nossas custas, fruto do nosso trabalho, que depois ainda é injustamente tributado e foi desde o primeiro dia em que comecei a tocar ao vivo em bares e cafés que me apercebi disso mesmo", garante. Enquanto jurado do concurso da RTP "The Voice Portugal", procura não defraudar as expetativas dos concorrentes que julga. "Espero ser justo e coerente com as minhas escolhas, pois não sou dono da razão", diz.
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