Bernardo Costa ou Agir, como é conhecido, foi o entrevistado desta semana no programa ‘Alta Definição’, da SIC, e contou a sua história, a forma como se afastou do mundo da droga, a relação com a família e ainda a maneira como a música sempre esteve presente.
“O meu período dos 12 aos 20 anos posso dizer que foi o período em que me queimei mais. Aos 12 comecei a fumar e a experimentar coisas. Experimentei a minha primeira cerveja e aquilo soube-me mal que dói, e até hoje não bebo cerveja nem álcool, experimentei cigarros e aquilo soube-me mal, experimentei outra coisa, aquilo soube-me bem e continuei a fumar”, conta o músico tranquilamente, mostrando que aceita essa fase como uma passagem da sua vida.
Nesta senda, Agir explicou que “aos 20 anos, depois de excesso de divertimento, apanhei um susto de saúde, tive um ataque de ansiedade que depois deu num ataque de pânico, provocado pelas parvoíces todas que fazia na altura, que não eram poucas”, esclareceu, desmentido algumas das notícias que foram divulgadas de que se teria tratado de um ataque de coração.
“Desde que acordava até que me ia deitar, estava sempre numa névoa. Eu não via [isto] assim como tão errado. Tudo o que nos faça não querer estar no mundo real e não querer enfrentar a realidade como ela é, agora percebo que não é, de todo, o caminho que é o certo”, acrescenta. “Dava concertos num estado que não conseguia perceber se o público estava a adorar, se estava a ser bom se não estava, não conseguia desfrutar de estar em cima do palco”, garante.
“Não toco em nada há mais de 8 anos. Aquilo que sou hoje em dia, nada tem a ver com o que fui”.
Em relação à família, Bernardo Costa percebe que a mãe sofreu muito com o momento que o filho atravessou, e afirma mesmo que teria merecido “um par de estalos mais do que uma vez”.
“[Os meus pais] deram-me muito apoio em termos de exemplos. Os meus pais separaram-se cedo e havia muita gente à minha volta que culpava essa separação pelo facto de eu ter sido mais maluco ou ser rebelde. Sinto que fui sempre muito feliz e que os meus pais fizeram um ótimo trabalho”, explica.
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