Carolina Deslandes foi uma das personalidades a manifestar a sua indignação perante o encerramento de mais de uma centena de lojas do Centro Comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto. A medida levou a que dezenas de músicos ficassem sem lugares para ensaiar.

"Não interessa o berço das canções. Não interessam as bandas, os ensaios, o escape para a arte quando não resta mais nada. Não interessam as palavras que ecoam dos avós aos netos. Não interessam os artistas que continuam a escolher esta profissão, num país que repete continuamente o quanto se está a cagar para a Cultura", começou por refletir a artista nas stories da sua página de Instagram.

"A arte de um país é a sua alma. É o que o eterniza. Um país não é uma montra. É um universo em combustão, são coisas dentro das coisas. O trabalho das pessoas é vivê-las, a dos artista é eternizá-las. Querem passar num pincel nas cidades e repetir modelos. Mais parques de estacionamento, mais tostas de abacate, mais hostels", continua.

"O Stop é um marco cultural. Da nossa cidade que não tem papas na língua. Da cidade berço de alguns dos maiores artistas e bandas da história da música portuguesa. O Porto é a celebração da genuinidade e da verdade. Não queiram passar o pincel da mesmice. Que dia triste", completou.


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