Venceu o Eesti Laul 2018 e conquistou o direito a representar a Estónia no Festival Eurovisão da Canção. Depois de ter integrado um grupo de voluntariado que permaneceu em Portugal durante duas semanas, Elina Nechayeva esteve em Sintra para gravar o vídeo promocional que antecederá a sua atuação na Altice Arena. Além de descer o poço iniciático da Quinta da Regaleira, também fez escalada e rapel.
Duas atividades radicais que a obrigaram a desafiar-se. "Posso dizer que foi a coisa mais assustadora que me aconteceu na vida!", admitiu em entrevista exclusiva ao Modern Life a intérprete de "La forza". Nascida em 1991, a cantora soprano, que em criança queria ser austronauta para poder voar por entre as estrelas e os planetas, é fã dos compositores clássicos Mozart e Tchaikovsky e gosta de filmes de animação.
É a única cantora a subir ao palco da Altice Arena com uma ópera. Quais são as suas expetativas em relação à edição deste ano do Festival da Canção da Eurovisão?
O mais importante, para mim, é atuar com o meu coração e com a minha alma. Espero, com isso, provocar grandes emoções na audiência e até despertar algo nas almas dos que me estiverem a ouvir.
O meu objetivo é dar o meu melhor e estou convicta de que vou conseguir chegar à final.
Já tinha estado em Portugal antes de vir cá gravar o vídeo de promoção do país que será transmitido antes da sua atuação na semi-final e na final do festival?
Portugal é um grande país, com uma comida excelente. O clima é fantástico, as pessoas são muito simpáticas e a natureza e o oceano são, pura e simplesmente, deslumbrantes. Eu estive em Portugal há uns anos. Integrei um grupo de voluntariado jovem. Vivemos nas montanhas durante duas semanas, em condições difíceis mas foi muito divertido. Agora, filmei o meu vídeo de promoção em Sintra, que é um sítio místico e mágico.
Por que é que decidiu filmar esse vídeo promocional em Sintra?
Na verdade, foi a equipa da RTP que me acompanhou que escolheu. Vão vê-lo muito em breve, pelo que não quero, para já, revelar muito…
Além de descer o poço iniciático da Quinta da Regaleira, acabou por fazer escalada e rapel, duas atividades radicais, como vamos poder ver no seu vídeo. Teve medo?
Sim… Posso dizer que foi a coisa mais assustadora que me aconteceu na vida! Na altura [das gravações], tive um diálogo interessante comigo mesma. Por um lado, ninguém me disse que teria obrigatoriamente de o fazer mas, por outro, sentia que a força ["La forza", "A força" em português, é o nome da canção que interpreta em Lisboa] estava comigo e que eu conseguia vencer os meus receios. Foi uma experiência fantástica, a equipa portuguesa foi muito simpática e profissional e foi muito bom fazer parte desse projeto.
Qual é a opinião que tem de "Amar pelos dois", a canção que surpreendentemente, contra todas as expetativas, venceu o Festival da Canção da Eurovisão de 2017?
Eu adorei "Amar pelos dois". É uma canção tão sincera e tão emocional que me tocou. Gostei dela pelo facto de ser simples e diferente. Mais do que a atuação em si, do que gostei mesmo foi da interpretação do Salvador…
Alguns dos intérpretes da edição deste ano já assumiram publicamente quais são as suas canções favoritas na edição deste ano. Podemos saber quais são as suas?
Até agora, as minhas preferidas são as da Geórgia e da Dinamarca. Eu gosto das vozes dos Iriao. Acho que funcionam muito bem juntas. E também acho que o hino com influências viquingues do Rasmussen é muito fixe.
A seguir ao Festival da Canção da Eurovisão, vai-se logo embora ou vai aproveitar para ficar em Lisboa e para conhecer melhor Portugal?
Temos várias coisas planeadas para ver e fazer durante a minha estadia em Lisboa mas vou regressar logo à Estónia no domingo porque tenho trabalho. A vida real continua… Mas estou com muita vontade de aproveitar os meus dias livres em Portugal!
Depois do festival, são muitos os projetos que tem em mãos? O que é que pode já revelar?
Tenho, felizmente, muitos projetos interessantes em marcha. Vou ter um concerto, que será o meu primeiro grande concerto a solo, em Tallinn, onde vou interpretar "La forza" com uma orquestra ao vivo. Acho que vai ser fantástico! Vai ser um concerto sobre o amor, a paixão e a raiva, emoções fortes que nem sempre sentimos todos os dias.
Vou, depois, também para a Geórgia com a Orquestra Nacional da Estónia para uma atuação no âmbito de um projeto de intercâmbio cultural que assinala os 100 anos de jubileu da Estónia, o meu país. Para além disso, terei muitos concertos e muitas atuações para fazer, como habitualmente…
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