
Depois de várias mulheres terem acusado Harvey Weinstein de assédio e abuso sexual, foi a vez de Anne Heche partilhar o seu episódio com o mundo.
A atriz está na ‘lista’ das alegadas vítimas do produtor e recordou essa fase difícil durante a entrevista dada ao podcast Allegedly.
Anne conta que foi afastada de um filme da produtora ‘Miramax’, fundada por Weinstein, depois de ter recusado fazer sexo oral.
“Antes de tudo, uma pessoa já é ameaçada a partir do momento em que passa pela porta. Eu pessoalmente não fiz sexo oral ao Harvey, embora ele me tenha mostrado o pénis e eu saí do quarto antes que houvesse algum contacto físico”, começou por dizer, referindo logo de seguida que “foi demitida de um trabalho em que foi contratada pela Miramax”.
Para Heche, “não há um monstro maior” do que Weinstein, em Hollywood, e “é bom que ele seja destruído”.
Antes de ser atriz, Anne foi abusada sexualmente. Um trauma que ficará para sempre na sua memória e que, de certa forma, a ajudou a enfrentar o produtor.
“Estamos a falar de meninas, jovens atrizes que são muito vulneráveis. Muitas de nós temos um passada doloroso”, frisou a atriz. “Ele não anda atrás das mulheres de 40 anos, mas sim das que têm 19, 20, 21, 22. Ele meteu-se comigo quando tinha entre 19 e 22 anos, era vulnerável, uma pessoa assustada. Se não tivesse sido abusada sexualmente em criança, não sei se teria força para enfrentar o Harvey e muitos outros”, acrescentou.
Anne Heche afirmou que há muitos predadores em Hollywood e acha que o movimento ‘Me Too’ foi uma boa iniciativa.
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