Os desabafos sofridos da duquesa de Sussex no documentário "Harry & Meghan: An african journey" e as duras críticas públicas à imprensa do filho mais novo de Diana de Gales para a defender fizeram mossa e os ânimos parecem longe de serenar. No documentário "Harry & Meghan: An african journey", exibido no domingo pelo canal de televisão ITV, Meghan Markle queixa-se da perseguição da imprensa britânica.

O queixume público não foi do agrado de Isabel II e a situação piorou quando o príncipe Harry veio a público criticar os meios de comunicação social do país para defender a mulher. "Tenho sido uma testemunha silenciosa do sofrimento da minha mulher. O meu maior medo é que a história se repita", afirmou o neto da rainha. "Perdi a minha mãe e agora vejo a minha mulher tornar-se vítima das mesmas forças perigosas", insistiu.

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A decisão do príncipe Harry e de Meghan Markle se afastarem da vida pública durante seis semanas, anunciada ontem, não veio acalmar os ânimos. "Eles é que atraíram a má imprensa", lamenta Phil Dampier, autor de "Royally suited", um livro que conta a história do romance do casal. "Eu posso dizer, com toda a franqueza, que a maior parte dos jornalistas e dos editores dos tabloides queriam que a Meghan fosse bem sucedida porque a viam como uma lufada de ar fresco [na família real]", refere o analista, que aponta os erros que os duques de Sussex cometeram nos primeiros meses de vida em comum.

"Eles começaram a gerar essa má imprensa porque alertavam as pessoas para as alterações climáticas e, depois, voavam em aviões particulares e quando começaram a dizer ao povo, que pagou as renovações que fizeram em casa, que não poderiam ver fotografias do batizado de Archie nem iriam divulgar os nomes do padrinho do filho ou do cão [que adotaram]. Os britânicos não gostam de hipocrisia", insiste Phil Dampier.

"Eu acho que isto é, potencialmente, nocivo para a casa real", considera também Russell Myers. Na opinião do editor do jornal inglês Daily Mirror, especializado em assuntos reais, este afastamento forçado pode ser o primeiro passo para uma ausência mais permanente. "Podemos estar a assistir ao início do fim da relação deles com a família real", refere o analista. "Eles não parecem felizes com o escrutínio público que têm", sublinha.