Chama-se «Vanessa Paradis, la vraie histoire», foi escrito por Hugues Royer, chegou ao mercado francês há cerca de uma semana e promete revelar a verdadeira história por trás da intérprete do hit «Joe le taxi», que a catapultou para a fama com apenas 14 anos, em 1988. Desde então, em paralelo com a carreira de cantora, estabeleceu-se como atriz de sucesso, deu a cara pelos perfumes e pela maquilhagem da Chanel e viveu um conto de fadas com o ator Johnny Depp, com quem casou e teve dois filhos.

Estas são as cinco revelações mais surpreendentes da obra publicada pela editora Flammarion:

1. Andou quatro anos atrás de Johnny Depp

A história de amor do casal teve início em 1998 no Hotel Costes, depois de um primeiro encontro, anos antes, na famosa discoteca da moda de Nova Iorque Viper Room. «A recordação do primeiro olhar torna-se uma obsessão», escreve Hugues Royer. Depois de terminar o namoro com o cantor Lenny Kravitz, que lhe chegou a produzir um álbum, sabendo que o ator também acaba de se separar da modelo Kate Moss, Vanessa Paradis lança-se ao ataque. Algum tempo depois, o amor acontece.

2. Não era uma aluna brilhante

No Colégio Pierre-et-Marie-Curie de Villiers-sur-Marne, nos arredores de Paris, onde estudo, o ar tímido de Vanessa Paradis ainda é recordado. Muito inibida e insegura, a cantora raramente participava nas aulas. «Nunca levantava o dedo para responder. A voz dela quase que não se ouvia», referem fontes contactadas pelo autor do livro. «As notas dela não eram más mas eram medianas. Andavam à volta dos 10, 12 [o máximo era 20]. Gostava pouco de ciências. Tinha um perfil bastante mais literário», escreve ainda Hugues Royer. Uma vez, depois de na véspera ter atuado num programa de televisão, adormeceu numa aula.

3. Quis ser mãe aos 16 anos

Tornar-se numa estrela internacional aos 14 anos, uma vez que o seu primeiro single chegou aos tops de vários países europeus, obrigou Vanessa Paradis a crescer rapidamente, ao ponto de ter querido engravidar dois anos antes de atingir a maioridade. «Se eu não pensasse, fazia já um bebé», chegou mesmo a confidenciar à mãe. «Tenho de me acalmar porque a vontade que tenho de ser mãe é muito grande», afirmou publicamente numa entrevista dada na mesma altura.

«Se já me criticam tanto nos dias que correm, imaginem o que seria se eu fosse mãe com apenas 16 anos e meio», disse ainda a cantora, que acabaria por esperar e só depois do casamento com o ator Johnny Depp realizaria o seu desejo. Lily-Rose Melody Depp nasceu em 1999 e John Christopher «Jack» Depp III veria a luz em 2002. «Cada vez que via uma mulher grávida, não conseguia desviar o olhar dela», referiu ainda na fase inicial da sua já longa carreira.

4. Charlotte Gainsbourg tinha inveja da relação que Vanessa Paradis tinha com o seu pai 

Charlotte Gainsbourg, que nos últimos anos se tem vindo a destacar numa carreira internacional, não via com bons olhos a aproximação entre a cantora e o seu pai, o famoso Serge Gainsbourg. O cantor e compositor foi autor de alguns dos temas do disco «Variations sur le même t'aime» de Vanessa Paradis, depois de também ter escrito «Charlotte For Ever», um álbum onde homenageia a filha, que não reage bem aos elogios públicos do progenitor. «Nessa altura, tive ciúmes», reconheceu já publicamente Charlotte Gainsbourg.

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5. Está permanentemente atrasada

É um dos seus maiores defeitos e não tem problemas em assumi-lo. Durante a digressão «Love Songs Tour» em 2013, Vanessa Paradis chegou a demorar mais de 10 minutos para regressar ao palco no período do encore, uma situação que chegou a irritar alguns fãs. Com o passar do tempo, familiares e amigos obrigaram a aceitar a situação mas, profissionalmente, são muitas as queixas.

Os profissionais da comunicação social, na fase de promoção de discos e de filmes, são os que mais se indignam com aquilo que consideram uma verdadeira falta de respeito. «Ela já tem a reputação de ser uma mulher fria e complicada e irrita constantemente os jornalistas quando os faz esperar sistematicamente, daí o rótulo de estrela caprichosa que lhe atribuíram», escreve Hugues Royer.

Texto: Luis Batista Gonçalves