O frio e o inverno obrigam a estar mais por casa, mas também criam tempo e, por isso, oportunidade, para pequenas remodelações no lar.
Se está a pensar pintar uma divisão ou dar um toque de cor numa parede, tenha em atenção que a escolha da cor e do tipo de tinta a utilizar são fundamentais para alcançar os resultados desejados.
Os especialistas da Sto, multinacional alemã especialista em produtos e sistemas de construção, explicam as regras essenciais a ter em conta no momento de escolher a tinta e cores adequadas a cada pessoa ou família.
1. O que me faz sentir? O primeiro critério a ter em conta são as emoções, pois são estas que vão ditar as cores
Branco. Transmite frescura e tranquilidade e está provado que aumenta a capacidade de concentração. Adicionalmente, em termos de design, aporta luminosidade e amplitude.
Preto. É sinónimo de mistério, força e seriedade. Ainda que favoreça a introversão, confere maior elegância. Não obstante, rouba muita luz, pelo que deve usar-se em pequenas quantidades.
Amarelo. Gera positividade e um ambiente agradável. Graças à sua energia e vitalidade, ajuda a combater a depressão e a desenvolver o intelecto.
Tons avermelhados. Com capacidade de transmitir sentimentos de paixão e maior agressividade, podem ser demasiado stressantes. No entanto, utilizados com moderação para contrastar com tons claros, dão um toque distinto a determinadas zonas ou elementos da casa: a zona da televisão, na sala, a molduras ou resguardos das portas.
Creme. É a cor mais utilizada. Tem um caráter neutro e suave e, mais importante, combina com qualquer cor, provocando uma sensação de ordem.
Gama de verdes. Simbolizam natureza e frescura, nas suas tonalidades mais vivas (verde lima), ou tranquilidade e estabilidade, em tons mais suaves.
Azuis. Aportam serenidade, introspeção e relaxam os sentidos, quando utilizados em expressões claras. No entanto, podem tornar-se frios e pouco acolhedores. Em tons fortes, o azul reduz o apetite e estimula o pensamento. Em tonalidade pastel ou celeste, ajuda a equilibrar o sono.
Roxos. A gama de cores mais artística. Apresenta qualidades opostas. Está ligada, por um lado, à meditação, sobretudo na sua gama mais suave, pelo seu efeito calmante. Por outro, num extremo mais escuro e potente, associa-se à paixão e à fantasia. Não convém abusar na sua utilização, pois tende a causar um efeito depressivo.
Rosas. Cada vez mais generalizada, a sua utilização em áreas interiores é uma das opções mais acertadas para criar um ambiente acolhedor e reconfortante, sobretudo em tons pálidos, já que influenciam os sentimentos, tornando-os amáveis, suaves e profundos.
2. Como afetará a luz e a orientação?
A cor pode mudar significativamente de acordo com a luz solar que recebe cada área ou divisão da casa ou com a luz artificial utilizada.
Deste modo, é recomendável testar como se comporta uma determinada tonalidade em diferentes condições de iluminação: natural ou artificial, manhã e tarde, solarengo ou nublado, etc.
3. Estilo arquitetónico
No caso de um estilo arquitetónico muito marcado, a adaptação das cores ao ambiente em que se insere é fundamental.
Por exemplo, numa vivenda com tetos altos, molduras destacadas, ou cornijas é conveniente evitar as cores fortes e privilegiar outras gamas com menos destaque.
Haverá também que ter em conta as formas: casas com formas irregulares precisam de cores neutras com uma única tonalidade.
4. Valor acrescentado: maior proteção contra contaminação, imperfeições e danos
Uma correta seleção de cores não deve responder apenas a imperativos estéticos. Igualmente importante é a sua qualidade e “utilidade”.
Existem tintas que além da sua função estética, são capazes de assegurar proteção fiável contra humidade, sujidade e substâncias nocivas, tanto no interior como na fachada.
Deste modo, podem evitar-se fenómenos como a fissuras, prevenir a sujidade ou a proliferação de microrganismos gerados pela humidade ou outro tipo de contaminações, proporcionando um ambiente limpo e de qualidade.
No caso de uma vivenda unifamiliar isolada termicamente, haverá que ter em conta também o uso de cores com um valor de referência de luminosidade* superior a 20% para evitar a acumulação de altas temperaturas devido ao sol direto.
Deste modo prolonga-se e garante-se maior durabilidade do sistema (evitando fissuras e perdas de cor, entre outros problemas).
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