É hora de ir dormir e de conhecer uma nova história de encantar. Além dos contos clássicos, há muitas narrativas para descobrir nos quatro cantos do nosso planeta, que são característicos de um país em específico, como a Inglaterra, a Índia ou até uma lenda africana.
São três histórias que pode contar aos mais pequenos ao deitar e deixá-los de olhos arregalados de tanta curiosidade, mas prontos para dormir e entrar no mundo dos sonhos.
A Rosa Orgulhosa
Uma história inglesa que fala sobre a importância de não olhar para as aparências.
“Era uma vez uma rosa que tinha muito orgulho da sua beleza. Apesar disso, ela ficava revoltada por ter crescido ao lado de um cato que achava tão feio. Todos os dias, a rosa criticava a aparência do cato e ele ficava quieto. As outras plantas no jardim tentavam chamar a rosa à razão, mas ela estava tão encantada pela própria beleza que nem se importava.
Quando o verão chegou, o poço do jardim secou e não havia mais água para as plantas. Foi então que a rosa começou a murchar. Ela viu um pardal a mergulhar o bico no cato para apanhar um pouco de água. Mesmo envergonhada, ela perguntou ao cato se também poderia beber um pouco de água. O cato concordou prontamente e os dois enfrentaram o verão difícil juntos, como amigos.”
O elefante que perdeu a paciência
Com origem no oeste da Índia, esta é uma história popular que pretende transmitir aos mais pequenos a importância de manter o respeito por todas as pessoas e criaturas do mundo.
“Era uma vez uma formiga e um elefante que viviam na selva. O elefante era um animal paciente e gentil, mas a formiga não era igual ao seu amigo. Ela estava sempre a gozar com o elefante, a dizer que ele era muito grande ou que seu nariz era muito longo.
- Para que precisas de um nariz tão comprido? Não sabes que parece um boneco com um nariz tão comprido? E porque é que as tuas orelhas são tão grandes e moles? Não sabes que nenhum animal precisa de orelhas tão grandes assim?
A formiga não provocava só o elefante; ela ofendeu o tigre ao falar sobre as suas riscas e a girafa sobre seu pescoço comprido. Depois brincou com o macaco por causa da sua cauda e até com um lindo pássaro por causa de suas penas.
O tigre, a girafa, o macaco e o pássaro não eram tão pacientes quanto o gentil elefante. Logo, ficaram tão zangados com a formiga e com as suas provocações que se recusaram a deixar a criatura chegar perto deles. Todos a ameaçaram, por isso a formiga afastou-se deles. Todos, claro, menos o elefante pleno de paciência.
Ela não percebia o quão gentil o elefante realmente era e, em vez de ficar grata, continuava a provocar o gigante. Quando subiu para a orelha e começou a sussurrar novas ofensas, ele balançou a cabeça, mas a formiga segurou-se com força e continuou:
- És tão velho, tão pesado e tão lento!
Nessa altura, o elefante estava cansado das provocações da formiga. Foi então que ele finalmente perdeu a paciência:
- Posso ser lento, posso ser velho, ter orelhas grandes e caídas, mas sei nadar.
Depois disso, ele começou uma marcha lenta e constante em direção ao rio, entrando na água sem dizer mais uma palavra. A formiga implorou para ele não ir em frente com o plano, mas foi em vão. Na mesma hora, ela caiu e foi arrastada pela corrente do rio.
Daquele dia em diante, a história da formiga passou a ser contada aos filhotes da selva antes de dormir, para que eles aprendessem a nunca provocar amigos, familiares ou estranhos.”
A tartaruga e o leopardo
Nesta lenda tradicional africana, uma narrativa engraçada, as crianças vão aprender a manter a calma, mesmo nos momentos difíceis.
“A tartaruga, distraída como sempre, estava a voltar apressado para casa. A noite começava a cobrir a floresta com o seu manto escuro e o melhor era apertar o passo.
De repente… caiu numa armadilha!
Um buraco fundo coberto por folhas de palmeiras que havia sido cavado na trilha, no meio da floresta, pelos caçadores da aldeia para aprisionar os animais.
A tartaruga, graças ao seu grosso casco, não se magoou na queda, mas… como sair dali? Tinha de encontrar uma solução antes do amanhecer se não quisesse tornar-se sopa para os aldeões.
Estava ainda perdida nos seus pensamentos quando um leopardo caiu também na mesma armadilha!!! A tartaruga deu um pulo, fingindo ter sido incomodada no seu refúgio, e berrou para o leopardo:
- O que é isto? O que estás a fazer aqui? Isto são modos de entrar em minha casa? Não sabes pedir licença?!
E quanto mais gritava, continuou…
- Não vês por onde andas? Não sabes que não gosto de receber visitas a estas horas da noite? Saia já daqui! Seu pintado mal-educado!
O leopardo cheio de raiva com tal atrevimento agarrou a tartaruga e com toda a força empurrou-a para fora do buraco!
A tartaruga, feliz da vida, foi andando para sua casa tranquilamente!
Ah! Espantado ficou o leopardo…”
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