Gulbenkian
A música vai trazer ao anfiteatro ao ar livre grandes nomes internacionais. O angolano Waldemar Bastos inaugura o palco logo no dia 24, numa viagem musical que revisita todos os seus álbuns, com um som essencialmente acústico, executado por guitarras e percussão, e onde se misturam a música urbana e tradicional de Angola, os blues, o jazz e a música pop.
No dia seguinte, 25 de junho, é a orquestra Gulbenkian a fazer as honras da casa, acompanhando Carlos do Carmo e Ivan Lins num diálogo entre o repertório do fado e a canção brasileira.
No dia 30, a oportunidade única de ver a ópera D. Giovanni levada ao palco por um grupo de reclusos da Prisão Escola de Leiria, com a colaboração de uma equipa multidisciplinar de artistas. Depois de uma actuação na prisão em 2015, inesperadamente para todos os envolvidos, o espectáculo, dirigido por Paulo Lameiro, sai agora para fora das grades. Este é um dos projetos do Partis – Práticas Artísticas para a Inclusão Social, uma iniciativa do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano que procura criar pontes entre comunidades que habitualmente não se cruzam usando as práticas artísticas.
No primeiro dia de julho é a vez do pianista arménio Tigran Hamasyan. Embora tenha formação clássica e jazz, a sua música vai buscar influências muito variadas, que incluem a música folk arménia, o rock, a eletrónica, a poesia, entre outras. No dia 2 de julho os espetadores são convidados a recordar alguns dos temas mais emblemáticos dos musicais da Broadway, interpretados pelas 32 vozes que compõem o Coro da Gulbenkian.
O ultimo destaque musical vai para a indiana Anoushka Shankar, compositora e intérprete de sitar, que nos traz temas inspirados pelas imagens de sofrimento das pessoas que fogem à guerra civil, à opressão e à pobreza. Uma mensagem de esperança em tempos de obscuridade.
Mas nem só de música se faz a festa. Um dos eventos mais marcantes deste Jardim de verão é a exposição “Linhas do Tempo. As Coleções Gulbenkian. Caminhos Contemporâneos”. Inaugurada no dia 23 de junho, é um olhar retrospetivo de 60 anos, que nos conduz de 1956 até 1896, criando relações entre duas coleções: a coleção adquirida por Calouste S. Gulbenkian até 1955 e a Coleção Moderna, constituída por obras do século XX até aos nossos dias.
Haverá ainda várias sessões de leitura para crianças e jovens, com convidados como Pedro Lamares, Marta Madureira, André Letria, David Machado, Djaimilia Pereira de Almeida e João Fazenda.
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