“Banksy, Dismaland and Others” por Barry Cawston é, de acordo com a organização, “uma exposição poderosa” que leva o público “numa viagem pelo trabalho fenomenal de um artista que há mais de 25 anos usa a sua arte para questionar os valores da sociedade e que chega agora, e pela primeira vez, a Portugal”.
Segundo informação disponível no ‘site’ da exposição, esta “conta com 44 fotografias de grande dimensão, integra imagens do projeto Dismaland (2015)”, mas também “outras obras identificativas do artista como o ‘Walled Off Hotel’ (2017) ou ‘Flower Thrower’ (2005)”.
Além das fotografias de Barry Cawston, “Banksy, Dismaland and Others” irá “integrar uma série de trabalhos de jovens artistas portugueses, servindo também como rampa de lançamento de novos nomes do universo da arte urbana”.
A mostra irá incluir ainda “uma instalação audiovisual, onde serão projetados documentários sobre Banksy e o seu trabalho — ‘Banksy does New York’ (2014) e ‘Saving Banksy’ (2017) – destacando obras, salientando polémicas e abordando a sua genialidade”.
Banksy criou em 2015 em Weston-super-Mare, numa cidade na zona costeira do oeste de Inglaterra, o parque de diversões Dismaland, uma sátira à Disneylândia, que contou com a participação mais de 40 artistas, entre os quais a portuguesa Wasted Rita.
O Dismaland Bemusement Park era apresentado, no ‘site’ oficial da iniciativa, como “um festival de arte, diversões e anarquia para principiantes”, que funcionou apenas durante cinco semanas e teve um número de entradas limitado.
Este parque de diversões incluía um castelo, um cinema, minigolfe, uma tenda de circo e a Guerrila Island (Ilha da Guerrilha), uma celebração da arte de guerrilha, onde decorreram ‘workshops’ em “como ‘hackar’ painéis de publicidade”.
Na Dismaland havia também três galerias de arte e todas as sextas-feiras havia concertos, com bandas e artistas como DJ Yoda, Run The Jewels, Savages, Pussy Riot e Massive Attack.
Os trabalhos satíricos do artista – ratos, polícias a beijarem-se, polícias de choque com caras de ‘smileys’ amarelos – apareceram inicialmente em paredes de Bristol, antes de se espalharem por Londres e depois pelo resto do mundo.
As obras de arte de Bansky refletem temas como a guerra, a pobreza infantil e o meio ambiente.
A identidade do artista permanece um mistério, mas seus trabalhos têm alcançado valores elevados em leilões.
Em outubro, uma obra de Banksy destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras (1,18 milhões de euros) na leiloeira londrina Sotheby’s.
O próprio autor divulgou uma fotografia na rede social Instagram no momento em que o quadro “Girl with balloon” (“Rapariga com balão”, na tradução livre) se desfaz em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.
Em 2017, apresentou em Belém o Walled Off Hotel, o “hotel com a pior vista do mundo”, direta para a barreira de separação da Cisjordânia, erguida por Israel.
Os quartos estão decorados com obras de vários artistas, como Sami Musa, Dominique Petrin e o próprio Banksy.
“Banksy, Dismaland and Other” estará patente na Alfândega do Porto de 19 de janeiro a 31 de março. A exposição irá estar patente em Lisboa, em local e datas a anunciar.
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