A obra Pombalina, em Oeiras, transformou ao longo de séculos a vivência do próprio concelho, desde o centro da vila às estradas e ruas de acesso, numa paisagem que oferece, ainda hoje, uma grande marca que se estende do Palácio à própria vila.
A exposição – Territórios com História: Quinta do Marquês – centra-se na apresentação do espólio arquitetónico de valor histórico e cultural que é a Quinta do Marquês de Pombal, em Oeiras e pode ser vista na Casa da Arquitetura, no Dafundo, até 11 de agosto, de forma gratuita.
O conjunto arquitetónico é uma imagem de marca do concelho: a quinta é atravessada pela ribeira da Lage, eixo em torno do qual se desenvolvem os núcleos e edificações do espaço.
Esta exposição pretende conduzir-nos a uma viagem pelo tempo e permite-nos descobrir uma Oeiras esquecida, num tempo em que o território era composto por quintas e palácios, com uma paisagem natural de uma beleza exuberante.
A Quinta do Marquês
Localizada em Oeiras, as origens desta propriedade remontam a 1676, quando Sebastião José de Carvalho, avô do futuro Marquês de Pombal, adquire um conjunto de terras, que constituíram o início da Quinta de Oeiras, Morgadio de Oeiras.
Posteriormente, a quinta foi aumentando devido à aquisição de uma série de terrenos circundantes, dando início a diversas obras de melhoramento logo após a morte do tio do futuro Marquês de Pombal. A construção do palácio e a campanha decorativa que tinham sido iniciadas anos antes ganharam novo impulso, sobretudo devido ao esforço do Marquês de Pombal e dos seus dois irmãos. Um projeto que tem vindo a ser atribuído a Carlos Mardel, o arquiteto que teve um papel preponderante na reconstrução da baixa pombalina, em Lisboa.
Atualmente, a Quinta do Marquês de Pombal, integra a Quinta de Baixo, onde se situa o Palácio e a Quinta de Cima que corresponde a cerca de 80% da área total da propriedade, cuja área murada ocupa cerca de 130 hectares.
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