Se ainda vai comprar um televisor para ver os jogos do Mundial, há aspetos que deve ter em conta e que o podem deixar indeciso na altura de escolher. Qual a diagonal de ecrã mais adequada ao espaço que tem na sala? Os recentes ecrãs OLED são melhores do que os LCD? E se optar por um ecrã curvo? Em que consiste a função HDR e de que ligações necessita? As nossas dicas podem ajudar na decisão.

A resolução do ecrã não é um problema

Nos televisores 4K (Ultra-HD), em comparação com os Full-HD, a resolução é duplicada na horizontal e vertical (3840x2160 px), mas não se traduz num aumento linear da nitidez das imagens.

As diferenças de nitidez na visualização de conteúdos 4K começam a ser notadas por volta das 46 polegadas e já são um problema nas 55 polegadas e seguintes.

Como, atualmente, a maioria dos modelos acima das 40 e quase todos acima das 55 polegadas já incluem painéis 4K, este aspeto não é um problema.           

Televisores com ecrã OLED ou LCD?

Os OLED não precisam de uma fonte de retroiluminação, pois os leds orgânicos produzem a sua própria luz. A principal vantagem destes ecrãs é o nível de negros superiores, que lhes permite excelentes níveis de contraste. O nível de iluminação máximo é algo limitado, inferior ao disponibilizado pelos atuais “Quantum Dot”. Não são, assim, a melhor opção para visualizar em salas com muita luz ambiente.

Os LCD LED fazem-se valer pela relação qualidade/preço e amadurecimento da tecnologia. Nos melhores, a qualidade pode satisfazer nos vários critérios, mas são aparelhos que nunca conseguem produzir negros profundos, um contraste realmente elevado ou cores muito precisas.

Há, ainda, a considerar os LCD que recorrem à tecnologia “Quantum Dot”, como é o caso dos “QLED” da Samsung, que permitem uma maior precisão e espetro de cores. Em particular os aparelhos com HDR podem ser bastante interessantes para usar em salas com muita luz ambiente. 

Os ecrãs curvos são apenas uma questão de estética

A curva do ecrã pode causar algum efeito “imersivo”, como nos tentam convencer as marcas, mas apenas com diagonais muito elevadas e a uma distância reduzida do televisor. Esta pode ser mais uma opção estética, sem nenhuma vantagem para o utilizador.

Escolha aparelhos com bastantes fichas HDMI e USB

A ligação HDMI é, atualmente, a ligação universal de equipamentos de vídeo.

Quanto maior o número de fichas HDMI no televisor, mais aparelhos vai poder ligar, mesmo que agora não sinta essa necessidade.

A grande maioria dos aparelhos também já integra fichas USB. Além da reprodução de fotografias e vídeos, podem ainda ser usadas para fazer gravações das emissões televisivas TDT para dispositivos USB.