É um dos espaços museológicos mais visitados de Paris, capital de França, mas começa a apresentar sinais de degradação que obrigam ao seu encerramento. "Haviam duas hipóteses em cima da mesa. Uma era restaurá-lo mantendo-o aberto e outra era fechá-lo completamente. Optei pela segunda porque acaba por se prolongar menos no tempo e porque também acaba por ser ligeiramente mais económica", admitiu publicamente a ministra da cultura francesa, Roselyne Bachelot.
Inaugurado em 1977, o Centro Pompidou, inicialmente apelidado Centro Nacional de Arte e Cultura Georges-Pompidou, deixa temporariamente de receber visitantes. O início dos trabalhos está a ser programado para o final de 2023 e a reabertura planeada para o início de 2027, a tempo das comemorações do quinquagésimo aniversário do museu, que se celebra a 31 de janeiro. "Não vai ser fácil cumprir o prazo", adiantou, todavia, ao Broader/SAPO Lifestyle fonte da instituição.
"Há muita coisa a fazer. No essencial, serão intervenções apenas de beneficiação, mas iremos aproveitar para alterar alguns espaços e também iremos remover integralmente o amianto usado na construção do edifício", refere ainda fonte próxima da direção. O investimento previsto de 200 milhões de euros contempla também a modernização das instalações para passarem a cumprir as novas normas técnicas e energéticas que foram sendo definidas ao longo das últimas décadas. A criação de novas acessibilidades para pessoas com deficiência é outra das medidas que constam do plano de reabilitação definido.
Projetado pelos arquitetos Renzo Piano, Richard Rogers e Gianfranco Franchini em parceria com o engenheiro Edmund Happold, o Centro Pompidou começou a ser construído em 1971. O edifício principal, com 166 metros de comprimento, é composto por oito níveis. Contando com as imponentes escadas rolantes exteriores, mede 60 metros de largura. Antes da pandemia, em 2019, o museu recebeu mais de 3,2 milhões de visitantes, o que perfaz uma média de 10.595 entradas diárias.
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