Muita gente não sabe o que fazer com as sementes das plantas secas, desperdiçando o seu potencial. Não é o caso de Carla Concha Bernardo, uma jardineira amadora residente em Queluz de Baixo, nos arredores de Lisboa, leitora habitual da revista Jardins, como vai já perceber. "Há uns anos, quando comecei a jardinar no quintal da minha avó, decidi comprar uma variedade de plantas anuais para alegrar uns canteiros", relata.
"O resultado foi ótimo pois a variedade de coloridos deu uma grande vida e alegria a um canteiro que só tinha ervas daninhas", prossegue. Com o passar dos meses, houve algo que a surpreendeu. "Fui notando ao longo do tempo que, quando retirava as flores secas, estas continham um núcleo de sementes no seu interior. Fui recolhendo sempre as flores secas e fui guardando as sementes secas e limpas em sacos herméticos", diz.
"Cataloguei-os e guardei em local seco e fresco", confidencia. "Algumas até ofereci a vizinhas e amigas, pois ainda se consegue ter uma razoável quantia, durante uma época", explica. "Deste modo, consigo todos os anos ter canteiros floridos e variados", reitera a jardineira.
"Isto permite-me ainda experimentar sempre novas plantas, misturas e desenhos", sugere Carla Concha Bernardo. Para quem gosta de dedicar parte dos tempos livres às plantas e ao jardim, esta solução pode mesmo vir a revelar-se vantajosa. "É sempre melhor cultivar as plantas anuais, através das sementes, do que comprá-las já em vaso", assegura.
As razões que avança não podiam ser mais justificadas, como pode constatar de seguida. "Economiza-se, cuida-se da planta ao retirar as flores secas e tira-se um maior prazer da jardinagem", afiança ainda a jardineira amadora, que desde essa altura nunca mais deixou de repetir esses gestos. Se ainda não o faz, siga o conselho de Carla Concha Bernardo e experimente. É bem capaz de vir a ficar (muito) surpreendido!
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