Pela sua peculiar forma de viver, as Tillandsias aeranthus são conhecidas pelo nome de planta-da-feiticeira em muitas localidades das regiões autónomas da Madeira e Açores. Originária do Brasil, esta é a planta aérea mais difundida em Portugal. Uma vez que é uma planta muito resistente, pode ser cultivada em vários ambientes, tanto no interior de casa como nas varandas, nos pátios, e nos jardins, em canteiros, quer no território continental português quer nas ilhas nacionais, onde se dá particularmente bem.

Embora muitos digam que não precisa de nada para viver, na realidade, como qualquer outra planta, precisa de ser regada, principalmente nos meses e nos dias mais quentes e nas zonas do país que tendem a registar temperaturas superiores. Floresce, por norma, nos meses de abril e maio e a exuberância da sua floração é tanto maior quanto melhores os cuidados de manutenção nos meses anteriores. As hastes florais de cor magenta ostentam entre seis e uma dúzia de pequenas flores de uma cor azul quase violeta.

O processo de propagação é simples. Uma vez acabada a floração, as hastes florais secam e a planta começa, algum tempo depois, a produzir rebentos. Também muito comum no Uruguai, no Paraguai e na Argentina, a Tillandsia aeranthus é conhecida no Brasil como cravo-do-mato. Apesar de necessitar de muita luz, não deve estar exposta ao sol direto nos meses de julho e agosto. No verão, deve ser regada todos os dias e duas vezes por semana na primavera. Nos meses de outono e inverno, não necessita de levar água.

Se decidir cultivá-la em casa, esta variedade botânica deve ser pendurada por um fio ou por arame, usando um dos vasos para o efeito que encontra à venda no mercado. Ao fazê-lo, deve colocá-la num local com um bom arejamento, sem correntes de ar permanentes, para potenciar o seu desenvolvimento. Vale a pena experimentar ter em casa uma Tillandsia aeranthus. É muito difícil deixar morrer esta espécie de planta, que ainda é aparentada das bromélias, família botânica que fascina pela diversidade.