Quando os europeus desembarcaram no continente americano, verificaram que os nativos utilizavam no seu dia a dia as keratas na alimentação, na extração de fibras, na ornamentação e até na medicina tradicional. No princípio do século XVII, esta família botânica passou a designar-se por bromélias ou bromeliáceas, em homenagem ao médico e botânico sueco Olof Ole Bromell, que viveu entre 1639 e 1705.
Contam-se cerca de 50 géneros e perto de 3.000 espécies. Trata-se de uma das classes botânicas mais recentes em termos de estudo e divulgação. As bromélias são, em termos gerais, plantas muito resistentes e adaptáveis. A maioria são epífitas. Vivem sobre árvores, não as parasitando. Outras são rupícolas. Vivem sobre pedras. As restantes terrestres. Todas, no entanto, são originárias das Américas Central e do Sul.
Esta variedade de flores tem uma relação muito interessante com a água, sendo que umas a acumulam em cálices centrais formados pela disposição das folhas e outras fazem a retenção de partículas de água e nutrientes através de micro escamas, chamadas tricomas, que lhes revestem as folhas. A função principal das raízes não é a da alimentação da planta mas, sim, a de fixação da planta ao local onde vive.
Um verdadeiro regalo para a vista
Geralmente, esta variedade apresenta vistosas e coloridas inflorescências, com numerosas flores de pequena dimensão e beleza singela, que vão abrindo espaçadamente ao longo do tempo. São um verdadeiro regalo para a vista e enchem de colorido qualquer jardim. As suas folhas, que apresentam muitas vezes adaptações para o clima árido, são, de um modo geral, carnosas, fibrosas, rosuladas ou espiraladas.
Muito apreciadas por arquitetos paisagistas e por jardineiros, profissionais e amadores, de todo o mundo, apresentam, quase sempre, uma dilatação na base, em forma de concha, formando um reservatório de água de chuva, orvalho, poeira e outras substâncias que podem ser assimiladas pelas escamas, o que substitui em parte a escassez de raízes. Veja, de seguida, alguns dos exemplares de bromélias que pode cultivar.
Texto: Jorge Freixial
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