É cada vez mais unânime a relevância e função do arvoredo em meio urbano mas ainda há muitos esforços a desenvolver, principalmente nos processos de planeamento e gestão, sempre em estreita articulação com as dimensões de intervenção urbanísticas. E são também cada vez mais claras e irrefutáveis as referências científicas que apontam a arborização urbana como componente essencial e determinante para a qualidade e funcionamento da cidade.

Na verdade, em meios fortemente urbanizados, onde a presença do verde. Par a par, surge-nos a sua diversidade, igualmente facilitadora dos serviços/benefícios prestados pelo arvoredo urbano, sendo que estes, direta ou indiretamente, se refletirão numa melhoria da qualidade de vida urbana e no conforto ambiental.

Não obstante, os condicionalismos inerentes à implantação e gestão deste arvoredo acabam por potenciar algumas disfunções, arrastando problemas de integração e de sobrevivência das espécies arbóreas. Se, por um lado, é cada vez mais unânime a relevância e função do arvoredo em meio urbano há, por outro, ainda muitos esforços a desenvolver, principalmente nos processos do seu planeamento e gestão, sempre em estreita articulação com as dimensões de intervenção urbanísticas.

É cada vez mais difícil e fragmentada, a arborização assume-se como um elemento fundamental da estrutura de ligação (desejavelmente contínua) e valorização dos espaços sendo, por isso, um forte dinamizador da Estrutura Ecológica, à escala metropolitana.

Par a par, surge-nos a sua diversidade, igualmente facilitadora dos serviços/benefícios prestados pelo arvoredo urbano, sendo que estes, direta ou indiretamente, se refletirão numa melhoria da qualidade de vida urbana e no conforto ambiental. Não obstante, os condicionalismos inerentes à implantação e gestão deste arvoredo acabam por potenciar algumas disfunções, arrastando problemas de integração e de sobrevivência das espécies arbóreas.

Se, por um lado, é cada vez mais unânime a relevância e função do arvoredo em meio urbano há, por outro, ainda muitos esforços a desenvolver, principalmente nos processos do seu planeamento e gestão, sempre em estreita articulação com as dimensões de intervenção urbanísticas.


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A arborização como elemento-chave

Ao usar a árvore como componente do desenho urbanístico estaremos a contribuir para a clarificação da leitura do espaço urbano, aumentando a desejável qualidade do coberto arbóreo e, consequentemente, a sua relação custo/benefício.

Determinar a sua função na paisagem é um dos primeiros passos para a seleção da espécie e localização.

Qual é o principal propósito da árvore? As respostas serão certamente muitas e variadas.

Essas soluções podem passar pelo favorecimento da sombra, pela proteção ao vento, pelo embelezamento visual, pelo contraste e/ou pela atração de fauna, entre outras alternativas. Este propósito influenciará não só as espécies a considerar, mas sim e principalmente, a localização a assumir para cada uma delas.

Definido o objetivo inicial da arborização é então fundamental conhecer não só as condições e espaço de desenvolvimento, como as características das espécies em ponderação, nomeadamente portes adultos, tipo de raízes e necessidades de solo/clima. Pensar a árvore em espaço urbano é assim um dos grandes reptos da arboricultura urbana. Pensar para o equilíbrio e bom funcionamento da escala urbana. Pensar para concretizar a médio/longo prazo...

A árvore como um incómodo

Em meio urbano e ainda nos dias de hoje, a árvore é bastante encarada do ponto de vista mais negativo. De facto, a sua existência nas nossas cidades nem sempre é pacífica e bem aceite, pois os incómodos que dela resultam para a vida da urbe são muito mais percebidos pelas suas populações, relativamente aos seus benefícios e verdadeiros serviços prestados. Recordemos, por exemplo, as lamentações de que as árvores «destroem os passeios e muros e entram em conflito com os fios elétricos, postes de eletricidade e outras infraestruturas» ou mesmo «a queda das suas folhas suja o nosso espaço comum».

Maioritariamente, estes problemas decorrem de claras falhas nos critérios de arborização, como a má escolha da espécie e localização. Essa será, também, uma das principais razões para o estabelecimento de programas de arborização, importantes sobretudo a montante deste processo (planeamento, desenho da cidade e decisões inerentes) e a jusante, na manutenção e monitorização do arvoredo.

Ao deambular pelas nossas cidades, vamo-nos apercebendo das tensões e dificuldades de sobrevivência do arvoredo, ilustrando vários conflitos com a malha urbana, circulação e desafogo de pessoas. Constata-se assim que os constrangimentos à qualidade das espécies são realmente elevados e não menos sintomáticos de fracas opções, tomadas ao longo dos tempos.


Veja na página seguinte: A árvore como objeto incómodo e descartável

Esses incómodos levam-nos muitas vezes a encarar a árvore como um objeto incómodo e descartável, sendo que o esquecimento dos seus muitos benefícios leva a depredações e maus-tratos.

A árvore não pode, nem deve, somente ser vista e utilizada como elemento plástico meramente decorativo, onde as preocupações se resumam à proliferação aleatória de árvores de alinhamento. O arquétipo da quantidade deverá ser abandonado, investindo na qualidade e valorização da árvore em ambiente e assumindo que todos os seus inconvenientes podem ser minimizados, mas nunca anulados.

Arborização Urbana, um grande desafio das nossas cidades. Haverá então que aceitar o repto. Reconhecer a sua importância, saber aceitar os seus constrangimentos. Mais do que falar, caberá a cada um de nós pensar e ajudar a acontecer a melhor arborização urbana.

Texto: Isabel Lufinha (engenheira florestal) e Cristina Pereira (arquiteta paisagista)