Meditar é viver a consciência. Na existência real e em paz.

Meditar é viver a consciência. Esta consciência não se confina ao nosso ser, é a consciência do todo. É um estado em que podemos testemunhar corpo e mente como o reflexo do que somos. Também testemunhar a existência inteira e a forma como nos relacionamos com ela. Meditar é um estado de testemunho silencioso e de paz.

Esta consciência transcende a mente condicionada e ensinada, como normalmente a usamos. É a consciência espiritual, a da natureza, a da criação que nos envolve. Meditar permite-nos viver o nosso próprio espírito. Descobrindo que afinal tudo é simples, evidente e correcto. Permite-nos também descobrir o que temos de imortal, transcendente e sublime. A vida em que nos inserimos torna-se muito mais rica e bela que as melhores suposições do ego.

Para além disso, meditar traz inúmeros benefícios para a saúde. Melhora a capacidade cerebral, a circulação, torna a respiração mais eficiente, equilibra o ritmo cardíaco e o funcionamento dos orgãos internos. Também desenvolve a nossa vitalidade.

“Aceita-te, Ama-te e Conhece-te”

É um importante Sutra para uma existência plena.

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“Aceita-te”, é a descoberta da importância do não julgamento e do despertar da consciência. Este é o primeiro passo redentor na paz da existência. E significa sobretudo um interior e benéfico: “Testemunha-te e sê!”

“Ama-te”, só possível com a aceitação de nós próprios, vem a seguir. Aqui, começa o verdadeiro prazer existencial. Isto exige exercícios adequados e simples para o dia a dia, em que a auto-estima é recuperada e o amor começa a fluir como uma flor a partir do lodo. O lodo da existência comum. Porque é nela que vivemos e nela que podemos despontar. Viver feliz e saudável, exige que nos permitamos “ser o que somos” e aprendermos a amar a nossa verdade, que é também a verdade do Universo por nos ter criado e vivermos nele.

Amando-nos e à existência, começa o verdadeiro “Conhece-te”. Como não cuidamos de conhecer o que não amamos, temos de dar os passos anteriores. Aqui começa a comunhão com a existência e o caminho progressivo para a luz.

E “Conhece-te” não é mais que o estado de testemunho meditativo que nos permite viver felizes a existência. Não é um fim, mas o início do caminho. Quem atingir e desenvolver este estágio encontra o perene e feliz no seu interior independentemente das circunstâncias. Descobre o imortal em si e descondiciona-se, tornando-se livre e feliz. Desperta e torna-se iluminado.

por: Ishi

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