Em Portugal, a conversa geral nos media e nos cafés (em tons diferentes) é sobre a mão pesada das agências de rating que se abateu sobre o recém eleito governo do país. Uma das 3 poderosas agências (Moody's) que conseguem derrubar governos, classificou a dívida portuguesa como «lixo», com o que isso acarretará a milhões de pessoas. O primeiro-ministro português afirmou que sentiu como «um murro no estômago» esta decisão da Moody's que, aparentemente não tiveram em conta o fortíssimo trabalho de casa feito pelo governo, para cumprimento do memorando com a troika.

Fez-me impressão ver, ouvir e ler as declarações dos políticos e dos economistas sobre este assunto, pois puseram-se na condição de vítimas de memória curta.

O que me interessa aqui é fazer a análise astrológica da situação em geral. Uma situação que irá durar até 2017.

Entre 2011 e 2017, Úrano, em Carneiro / Áries e Plutão, em Capricórnio, farão uma enorme quadratura no mapa do céu, que durará todos estes anos. Esperam-se mudanças tremendas em todo o tipo de governos e organizações no nosso planeta. E, em nós, também. Aguardemos para confirmar. (Exemplos desta quadratura, aqui e aqui.)

Úrano em Carneiro/Áries (coisas repentinas, o inesperado, internet) a fazer funcionar a muito esperada quadratura (uma situação tensa e difícil, como esticar e rebentar) com Plutão em Capricórnio (o poder instituído). Em signos cardinais, dando maior ênfase aos acontecimentos. Na prática deve-se interpretar como o «poder moderno» (Plutão) sendo confrontado com a «voz de Deus» (Úrano).

Veja na próxima página a continuação do artigo..

Vejamos apenas o caso português, para encurtar o texto.

Em Março de 2011, aconteceram as manifestações gigantescas auto-intituladas de «Geração à rasca», conceito que se expandiu por outros países. É sempre o novo (Úrano) a enfrentar o poder instituído (Plutão). Em linhas gerais, seguiu-se o bota abaixo fulminante do governo Sócrates pelo actual partido no poder. É sempre para mexer e remexer. Haveria muitos exemplos a dar, mas creio que os praticantes de astrologia ficarão prevenidos para novas ocorrências que seguramente acontecerão por cá e no mundo.

As manifestações tinham por alvo o governo Sócrates. O que era novo contra o poder instituído. Depois, apareceu o partido que actualmente está no poder a confrontar a pessoa de José Sócrates. O mesmo fenómeno: o que é novo contra o poder instituído.

Quem está no poder agora? Quem é o poder instituído agora (Plutão)? Aqueles que eram os «novos» (Úrano) no dia 20 de Junho, quando tomaram posse, como governo do país. Que aconteceu? Deixaram de ser «novos» e passaram a «poder instituído». Foram ontem confrontados por algo inesperado (Úrano). E, agora? Vão todos fazer «análises objectivas», sem sucesso. Entretanto, quem se lixa é o mexilhão. E a procissão ainda vai no adro.

Um apontamento: se estivermos atentos a outras notícias do mundo, percebemos que há um «grande plano» em acção significativo desta quadratura. Recordemos apenas estes casos 'inesperados' muito recentes: os EUA mataram Bin Laden e em retaliação, a Al-Kaeda, provocou o ataque bombista que matou 80 pessoas no Paquistão. Nesta quadratura, é sempre o «poder» (Plutão) a ser confrontado. Por exemplo: o «poderoso» Bin Laden, senhor da Al-Kaeda (sobrevieu a 10 anos de intensas buscas) foi confrontado e... foi abatido. O «poderoso» e atómico Paquistão, na prática, hospedeiro de Bin Laden e sua organização, foi confrontado dentro das suas fronteiras pela Al-Kaeda, a quem dava abrigo escondido e camuflado, e os seus cidadãos foram abatidos.

Esotericamente, haveria muito a dizer. Muito mesmo. Mudanças de paradigmas. De consciência colectiva. Muito mais, mas neste momento não me parece oportuno enveredar por aí, e é melhor deixar refrescar os ânimos.

Fonte: António Rosa in Cova do Urso