Breves notas: Plenilúnio – 7 de março de 2023 às 12h40 de Lisboa.
Última Lua cheia do ano biológico, e o Ingresso de Saturno no signo de Peixes.
Nesta lunação, temos dois movimentos em destaque: um acentua a consciência e a unidade entre espírito e matéria, e outro que acentua a divisão e a separação destas polaridades com base em interesses exclusivamente egóicos e materiais.
Neste período, temos o potencial e a oportunidade de iluminar as polaridades presentes no eixo Peixes/Virgem, estimulando a capacidade holística de vermos o todo sem descurar as partes.
Sendo o último signo do Zodíaco, em Peixes podemos perceber quais as necessidades efetivas da humanidade no seu plano anímico e material para aplicarmos o lema alma sã e corpo são, princípios que conduzem à harmonia e à felicidade, mas primeiro temos de compreender a verdadeira natureza do sofrimento na psique humana.
O sofrimento como caraterística da personalidade fundamenta-se na divisão e no separatismo, nos males que se espalham no corpo e na psique e que estão simbolizados no lado de sombra do sexto eixo do Zodíaco (Peixes/Virgem).
A consciência pisciana exprimiu-se nos primórdios do cristianismo como a lavagem das almas, dos pecados, os primeiros discípulos eram pescadores de homens e preconizaram a fé num princípio espiritual corporificado na figura do Messias, do redentor, aquele que no seu processo de avatarização, constelou os princípios essenciais de toda a Era de Peixes de 2160 anos. Após passado este tempo, parece que ainda não compreendemos bem as lições desse tempo no que diz respeito à natureza da irmandade, da compaixão, da solidariedade e do sofrimento.
Agora, com os pés na aurora da Era de Aquário, ainda estamos a debater-nos com os problemas da era anterior, a ignorância refletida nos desequilíbrios sociais, sejam eles de cariz material, cultural, racial, o facto é que uma boa parte da humanidade vive em guerra ou conflito com tudo à volta e assim também se passa connosco próprios.
O signo e a energia de Peixes acentua fases de recolhimento, de retiros, onde pudemos chegar ao perdão, à purificação, e assim preparar-nos para um outro nascimento, para um novo homem que pode emergir em cada ano na altura da Páscoa potencializada na Lua-Cheia de Carneiro.
A Era da Fraternidade (Era de Aquário) só poderá realmente avançar livremente após a expiação e libertação de todas as cargas e pesos, sejam elas memórias, atos falhados, arrependimentos, culpas, traições, ou crimes. Para voltarmos a nascer de novo, há que libertarmos da roda do carma ou do samsara, do tempo linear consumidor, e fazer o retorno à essência, à qualidade da vida e do propósito daquilo que nos trouxe até aqui a esta existência.
E é nesta energia, que a alma portuguesa é exímia em perceber a natureza do sofrimento e em encontrar formas de apaziguar os males do mundo que também são os nossos.
É nesse sentido, que podemos continuar a alimentar como diria o poeta - as saudades do futuro, ou seja, a vinda e o retorno do Encoberto, o símbolo português esperado na Nova Era, aqui configurado pelos aspetos de Úrano em sextil ao Sol e em trígono à Lua!
Lx, 7-3-23
Luis Resina
No próximo dia 25 de março de 2023 irei dar uma palestra sobre o Novo Ano biológico onde falarei de dois importantes ingressos deste ano: Saturno em Peixes e Plutão em Aquário.
Podem acompanhar as minhas atividades em http://www.luisresina.com
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